segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Amor é….


A Anita designou-me, há bastante tempo atrás, para falar de “amor”. Eu poderia ter escolhido um poema, a letra de uma canção ou até uma escultura ou pintura que exprimisse esse sentimento que tem inspirado artistas ao longo dos tempos, porém preferi dizer algo meu.
Enquanto eu era criança o meu primeiro amor foi o dos meus pais, das minhas irmãs e minha família mais próxima. Enquanto eu crescia e fazia amigas conheci outro tipo de amor, porque a amizade também é amor. Mais tarde, o amor que eu senti pelo meu namorado, que se tornou meu marido, mas que antes tinha sido o meu melhor amigo, foi uma outra qualidade de amor. O Amor, com letra maiúscula, o mais forte, o mais poderoso de todos. Recordo-me bem de ter ouvido uma colega de trabalho afirmar que o amor da vida dela era a filha; não fiz qualquer observação, porém aquela revelação deixou-me perplexa. Eu estava prestes a casar e não imaginava, como sendo o marido ou a mulher, o único amor que escolhemos na vida, pudesse ser relegado para plano secundário em detrimento dos filhos.
Entretanto os filhos chegaram para mim; primeiro o Duarte, que me fez sentir uma espécie de amor diferente de todas, que dobrou a minha personalidade, me ensinou a paciência, a tolerância, o altruísmo. Depois a Letícia, e eu inquietei-me por achar ser impossível amar tanto outro filho, como ao primeiro. A Letícia nasceu e com ela surgiu um amor igualmente avassalador. Compreendi que não importava quantos filhos tivesse, o amor chegaria sempre para todos eles: forte e avassalador.
Há vários tipos de amor, todavia uma única característica os une e os agrupa num só: a abnegação. Amar sem esperar nada em troca, amar por amar, preocupar-se, ajudar, estar presente, dar colo, animar, enxugar as lágrimas, ouvir e vibrar com a felicidade do outro. Sem esperar nada em troca. Este é o amor que Jesus teve por nós, foi este amor que Ele nos ensinou. Mas como é difícil praticá-lo….

Boa semana!