segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Confronto de ideias. Outra vez!

Imagem de Jim Gordon
Sexta-feira fui à reunião de pais no Infantário da Letícia; na entrada preenchi um formulário onde indicava a hora de entrada da minha filha, que seria 13:30 e hora de saída: 17:30 e segui para a sala de reunião. O que aí ouvi foi muito semelhante ao que foi dito no ano anterior, quando assisti a esta mesma reunião para o Duarte. Á saída, uma funcionária chama-me e diz que eu me tinha esquecido de indicar o horário da manhã. Respondo que a Letícia só iria frequentar o horário da tarde, que coincidia com o do irmão e além disso as actividades da tarde eram mais adequadas para ela. A funcionária olhou-me com cara de espanto.
- E já disse isso à directora? Perguntou com descontentamento.
- O meu marido já falou com ela. Respondi eu.
- E a directora concordou? Perguntou ela com um ar absolutamente incrédulo.
- Penso que está tudo bem. Respondi eu calmamente, omitindo o quanto esta protestara.
- Ah, então, já não digo nada! Respondeu ela, com ar de quem ia a correr confirmar as minhas palavras.
Saí calmante mas interiormente perturbada com estas atitudes tão rígidas e egoístas. Com o Duarte aconteceu o mesmo, no ano passado; a diferença foi que ele só frequentava de manhã. O Infantário não é obrigatório, portanto porque há-de a minha filha cumprir o horário completo? Porque todas as outras crianças o fazem? Não há-de uma mãe saber o que é melhor para os seus filhos? Parece-me que as funcionárias do Infantário encaram as minhas opções de horário como um ataque pessoal! Realmente é pessoal, as nossas opções enquanto país, a minha relação com os meus filhos, sendo eu quem melhor os conhece e sabe do que necessitam. O Duarte precisava de disciplina, de pegar no lápis, de desenhar e colorir, portanto foi de manhã, quando essas actividades eram privilegiadas. A Letícia é a artista da família, as actividades da manhã são dispensáveis, enquanto de tarde poderá frequentar música, teatro, francês e ginástica, tudo à medida dela!

Lamento imenso, profissionais da educação, mas os meus filhos só fazem horário completo no ensino obrigatório!