segunda-feira, 21 de julho de 2008

Férias

(Imagem aqui)
O direito a férias é constitucionalmente consagrado; deve possibilitar a recuperação física e psíquica do trabalhador e assegurar-lhe disponibilidade pessoal, de integração na vida familiar e participação social e cultural. Mas nem sempre foi assim, aliás o direito a férias é bastante recente. Outrora, apenas as famílias privilegiadas se permitiam a mudança de residência no verão, na procura de zonas mais frescas, na montanha e campo. Entretanto, os ares e iodo do mar começaram a atrair veraneantes para a praia e pele levemente bronzeada substituiu a tez pálida, uma mudança do arquétipo de beleza, que permanece até hoje.

Nas últimas décadas os governos divulgaram uma litania de direitos que muitas vezes não passam do papel, causando deste modo um rol de frustrações e sentimentos pessimistas de revolta e indignação. Na realidade, não somos todos iguais, nem temos todos os mesmos direitos, o Planeta simplesmente não comportaria tal coisa, mas podemos sempre fazer algo para remediar a situação. Uma questão de atitude, creio.

Praia?
Apesar do aumento de doenças de pele, nomeadamente do cancro, provocado pela prolongada exposição solar, a praia continua a ser o grande destino de férias dos portugueses; nas agências de viagem predominam quase exclusivamente os destinos de praia. Algo bastante incompreensível para mim; viajar 9 e 12 horas de avião para entrar num resort onde portugueses se acotovelam, onde só se ouve falar português, cujo programa é passar da piscina do hotel para a praia do hotel, e vice-versa, durante 1 ou 2 semanas, parece-me absurdo. Nós vivemos numa península, temos praia por quase todo o lado, e ainda temos as fluviais. Além disso, em Portugal o Sol brilha, em média, 1600 horas por ano no Norte e até 3300 horas por dia no Sul (segundo dados do Instituto de Meteorologia), fornecendo-nos a dose solar necessária ao nosso bem-estar. Portanto, mais praia para quê?! Porém, ok, cada um é livre de escolher o que prefere.

Quando as pessoas contraem empréstimos para partir de férias:
Como diz o ditado, "Quando não há dinheiro não há vícios", porém os Bancos vêem dizer algo em contrário: gaste agora e pague depois. A vida é feita de prioridades e estas mudaram; ter férias é um direito que as pessoas querem exercer, seja como for. Como as pessoas também têm direito a casa, a transporte próprio, a uma série de comodidades e por vezes a outra série de futilidades, os empréstimos acumulam-se, levando cada vez mais famílias à rotura financeira. Como a crise económica é generalizada, aqui vão algumas sugestões.

O que fazer com um pequeno orçamento:
Frequentemente as pessoas não conhecem muito bem os locais onde vivem; então, aproveite para visitar monumentos, palácios, castelos, fazer um piquenique num parque ou jardim, passar uns dias no campismo, ir à piscina, assistir a um concerto de música clássica, passar um dia num parque de desportos radicais, e se tiver filhos peça-lhes sugestões; vai ficar surpreso com ideias tão simples que os fazem felizes. Porque sobretudo, férias é tempo em família.

Ideia inovadora:
As possibilidades multiplicam-se, para além de hotel, aparthotel, turismo de habitação, aluguer de casa, (nós utilizamos o Homeliday e aconselhamos vivamente) surgiu recentemente a troca de casa. Imagine a amplitude de oferta, aliás, basta entrar aqui para ver como é. Suponho que deve ser uma experiência fascinante, para quem gostar de entrar no espírito verdadeiro do local que visita.

Posto isto… boas férias, nós partimos amanhã, e um Feliz Verão!