segunda-feira, 17 de novembro de 2008

“Não somos o nosso passado.” Não?!

(Imagem aqui)
Alguém me disse que não somos o nosso passado; queria ela dizer que não devemos julgar as pessoas pelo que fizeram no passado, pois as pessoas podem redimir-se. Mas eu não concordo. Acontece que somos sempre julgados pelo nosso passado e frequentemente até por um passado mais longínquo.

Não me recordo de quantas vezes sorrisos e portas se abriram para mim por ser filha do meu pai. A dignidade daquele homem precedia-me e intercedia por mim. Podia até acontecer que eu não fosse digna disso, mas o meu passado(o meu pai) falava por mim. Agora imaginemos o contrário, eu sendo a mesma pessoa e filha de um homem sem carácter. As portas com certeza fechar-se-iam ainda antes de eu dar provas da minha pessoa. Não seria justo, pois não? Ninguém deveria ser julgado pela sua família.

Eu penso que nós também somos o nosso passado; não por aquilo que os nossos antepassados fizeram, mas por aquilo de que somos responsáveis em nossa vida. É o balanço do negativo e positivo que faz a nossa história. Somos aquilo que somos no presente, graças ao nosso passado. Se houve regeneração, para mim, tem ainda mais valor. Não acredito no ADN, acredito na consciência, na inteligência e força de vontade.

Tenha uma óptima semana!