segunda-feira, 20 de julho de 2009

Notícias, telejornais e jornalistas


É impressionante como a maior parte das vezes me sinto desactualizada de notícias ruins! Já há muito tempo desistimos de ver telejornais cá em casa, pois o horário – hora de jantar - é incompatível com o teor das notícias e imagens; como manter o apetite, como saborear uma comida gostosa, quando o que se vê e ouve nos tira o apetite?!

Há muitos anos atrás o telejornal tinha “cabeça-tronco-e-membros”, entravam primeiro as notícias mais importantes - as nacionais - em seguida as internacionais e por último o desporto. Quem desejasse ver apenas uma “secção” poderia orientar-se e ver somente o que lhe interessava. Por exemplo, eu nunca via o final do telejornal, porque regra geral o desporto não me interessa.

Actualmente o telejornal é uma autêntica mixórdia de notícias; misturam as notícias todas, dão prioridade ao que não tem importância alguma, e o desporto resume-se a futebol! A saída do novo cd do Tony Carreira é notícia de telejornal, com chamadas de destaque ao longo do mesmo, a mudança de clube do Cristiano Ronaldo dá pano para mangas. Muitas mangas! E bem compridas!

Relativamente ao conteúdo, os jornalistas demonstram um apetite voraz e insaciável por notícias trágicas; o manjar tem sido a recessão, acompanhado pelo desemprego e aumento de criminalidade. Este é o prato da casa! No entanto, ultimamente surgiu outro, digamos... que é uma espécie de sobremesa - a gripe suína! Os casos são escrupulosamente contabilizados: “Mais um caso de gripe suína em Portugal! Ontem eram 171, hoje são 172! “

Tenho cá para mim que os jornalistas devem estar mesmo a torcer para que a pandemia de facto aconteça! No entanto, na cabeça das pessoas já é um facto; é incrível a quantidade de pessoas que está a desistir de viajar nas férias com medo da gripe A!

Quer um conselho? Vou dar ainda assim: Viaje, descanse, divirta-se! Boicote os telejornais, não as suas férias! As férias não causam depressão, ao contrário dos telejornais.

Tenha uma óptima semana!
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ACTUALIZAÇÃO:

Nem pensem que eu falo e não faço.
Fui!


I'll be back soon!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dia do agricultor

(Imagem daqui)

É hoje e eu nem sabia que existia, mas também, pergunto: alguém sabe disso?

O grande problema do nosso país foi desde sempre não produzir; quem o diz é o prof. Hermano Saraiva e creio que está certíssimo. Agora agrava-se ainda mais. A nossa agricultura não existe, a nossa indústria morre todos os dias, a nossa frota pesqueira é praticamente invisível. Comemos os frutos e cereais franceses, o peixe espanhol, a carne inglesa, e vestimos a roupa feita na China, Coreia, Índia e por aí fora.
Estamos a ficar dependentes de países que entraram no nosso mercado com preços competitivos e “arrumaram” com os produtores nacionais. Tiveram também a ajuda dos nossos Governantes, que pagaram para que pés de videira e oliveiras fossem arrancadas. Que multaram os produtores de leite, por produzirem leite demais.

Um belo dia, quando a velha geração de agricultores, últimos resistentes, partir, ninguém saberá como pegar na enxada, como fazer a poda das vinhas, como transformar as azeitonas em azeite e as uvas em vinho. Ninguém saberá como tecer uma peça de pano, cortá-la e costurar uma camisa. Não vai restar ninguém que saiba atirar as redes e em que local do mar, para pescar peixe. Nesse dia, os nossos fornecedores estrangeiros, a preços incrivelmente baixos mudarão os preços nas etiquetas e nós pagaremos o que eles quiserem. Pagaremos caro. Aliás, já estamos a pagar caro.

Hoje é dia do agricultor, do homem que trabalha a terra, que semeia e planta; que rega, aduba e poda. Que faz nascer frutos e vegetais. Para nós comermos. A vida do agricultor é dura, sem horários, sem fim-de-semana. O corpo do agricultor molha-se com a chuva, enruga-se com o sol, arrepia-se com o frio. E no final do mês falta o dinheiro e sobram preocupações. Sempre.

Hoje é dia do agricultor e eu vou ao mercado. Vou comprar a quem produz. E para a semana também.

Tenha uma óptima semana!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A primeira vez



Vá lá...tire o sorriso malandro da cara, que este é um blogue familiar! Rssss...
Estes dias, enquanto eu terminava uma tarefa encarreguei a Letícia de fazer a lista das compras; eu ia ditando e sempre que ela tinha dificuldade com alguma palavra, soletrava-lhe. No final ela ficou extremamente orgulhosa com o feito e eu também. A minha pequenina de 6 anos, já escreve! Guardei a lista, juntamente com as outras coisas que ela tem feito. Porque foi a 1ª lista de compras da Letícia e as primeiras vezes têm sempre o efeito de me emocionar. Também guardei a do Duarte, há um ano atrás. Ele tinha ficado igualmente orgulhoso de si próprio.

Porque as primeiras vezes nos marcam taaanto?

Primus: Porque antes não éramos capazes de o fazer.

Secundus: Porque testamos a nossa inteligência e habilidade e passamos no teste.

Tertius: Porque a partir daí sabemos que poderemos repetir. Se quisermos ou precisarmos.

Quartus
: Porque vivemos a vida!

Que maravilhoso privilégio descobrir, constantemente, a “primeira vez” disto e daquilo ao longo da vida, não é?!

Tenha uma óptima semana!