quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sinto-me grata!

 
(Imagem)
- Sente-se aqui, puxe a cadeira e tome um café comigo; vamos falar de gratidão, quer?

Depois do Natal, vem o fim de ano! E embora seja uma festa virada para o exterior, gosto de "usar" a última semana do ano para reflectir, sobre o ano que termina, e ao virar a festa do avesso estou a celebrar o ano intimamente. Também faz isso?

Gosto de fazer um balanço do ano que termina e uma lista de projectos, para o ano que começa.

Ao recordar 2010 vou constatando quantas coisas boas tenho para agradecer; água canalizada e electricidade - parece ridículo, não é? Mas há milhões de pessoas no Mundo para quem isto, tão básico para nós, é um autêntico luxo. Então como não me sentir grata?!
E depois aquelas coisas que não dependem de mim, nem da minha vontade, nem de dinheiro algum, como a saúde dos familiares. Sinto-me muito agradecida, e com esperança, porque estamos cá todos.
Sinto-me grata pelos leitores que lêem e comentam o Mãe...e muito mais; porque são pessoas que não passam somente para deixar um beijinho e desejar boa semana; são pessoas que deixam bocadinhos seus.

2010 brindou-me ainda com alguns presentes, que não estavam na minha lista, que eu nem sequer tinha sonhado pedi-los, o que me faz pensar que talvez deva ser mais ambiciosa para a lista de 2011. Talvez os sonhos se realizem mais depressa de nos atrevermos a sonhá-los.

- O seu balanço de 2010 foi positivo? Qual é o sentimento que lhe causa esse balanço?
Sirva-se de outro café, enquanto me conta essas suas coisas; sou toda ouvidos. 

Entretanto, desejo a todos um Feliz Ano Novo!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Em seu nome...

Enerva-me um bocado quando ouço, ou leio, alguém dizer que gosta do Natal, não pela festa religiosa, mas por ser a festa da família.
Vamos lá ver, o Natal é uma festa religiosa! Por conseguinte, não faz sentido celebrá-lo se as pessoas não forem religiosas, ou pertencerem a religiões não cristãs. Querem que seja a festa da família? Marquem outra data, porque esta já está ocupada e catalogada.

No entanto, eu compreendo estas pessoas; também eu já celebrei o Natal, por longos anos, acreditando que era a festa da família. Para além da missa de Natal, os festejos em casa nada tinham de espiritual e religioso. Porém, ao longo do tempo esse tipo de celebração revelou-se paupérrimo e vazio, provocando em mim uma insatisfação e frustração que me levou a procurar outras vias. Felizmente encontrei o caminho para a celebração espiritual,  da data do nascimento de Jesus. E tudo mudou!
A família tem-me acompanhado nessa viragem, e apesar da novidade, as mudanças introduzidas têm sido bem aceites; acredito realmente que no fundo todos nós procuramos um significado mais profundo para o Natal, para além dos presentes, decoração e mesa farta.

O momento espiritual foi introduzido por mim, com este simples texto, que partilho convosco:
 " Natal significa nascimento; e é por esse motivo que hoje estamos aqui reunidos, para celebrar o nascimento de Jesus. De facto, estamos numa festa de aniversário, a mais longa da história, pois celebra-se há cerca de 2010 anos.

Li algures que o Natal é a única festa de aniversário em que o aniversariante não está presente; em que não se canta os Parabéns, e também a única em que os presentes são comprados para os convidados. 
Talvez seja assim, porque nós, os homens, somos egoístas e Jesus um ser excepcional que veio somente para dar e nada receber em troca.

Efectivamente, penso que é assim que a maior parte das famílias celebra o Natal; esquecemos porque estamos reunidos, olvidamos o motivo maior, e entretanto comemos, bebemos fartamente e trocamos presentes.

Eu acredito que nós poderemos fazer de forma diferente; pensando assumidamente que estamos aqui juntos, nesta noite, porque Jesus nasceu, se fez homem e cumpriu a sua missão, trazendo uma mensagem de amor ao Mundo, que perdura até hoje.

Eu acredito que desse modo o aniversariante se fará presente, pois não foi ele que disse: onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei junto deles? Sim, ele disse e se estamos aqui por Jesus, então ele estará connosco.

Finalmente, gostaria que todos se juntam-se a mim para dizermos a uma só voz:

- Parabéns Jesus!"

O meu Natal foi assim; passado em família, festejado com a alegria e gratidão que o aniversariante merece.

Agora diga-me: - E o seu Natal, como foi? Vá lá...enerve-me, ou não ;)

Uma boa semana!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Votos de Feliz Natal!


A todos os meus leitores,
àqueles que comentam e aos que ficam em silêncio;
aos que vêm propositadamente, e aos que vêm por acaso,
aos que gostam do que lêem, e aos que nem tanto,
aos que discordam de mim, e aos que concordam,
aos que me ensinam, e aos que aprendem comigo,
aos mais veteranos, e aos mais recentes,

desejo um feliz Natal; que nesta data especial celebremos com alegria, e gratidão,  a festa de aniversário de Jesus!


Até breve!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sneak Peek da minha decoração de Natal

Carrinho de chá, com composição de velas
Há uns tempos li uma reportagem sobre pessoas viciadas em decoração de Natal. As suas casas estavam repletas de renas, bonecos de neve, Pais-Natal, bolas e sinos cintilantes, luzinhas e piscar, árvores gigantescas onde não cabia nem mais um alfinete em forma de bengalinha! E no jardim, o mesmo cenário. Na chaminé e janelas, idem.
Se já seria excessivo em Dezembro, eles mantinham tudo durante todo o ano!
Já adivinhou onde acontece esta loucura natalícia? Disse E.U.A. ? Bingo!
E eu pensei: - Só podia ser, este povo é louco!

No entanto, este ano tenho-me lembrado imenso desse artigo; também já me sinto um pouco apanhada pela febre natalícia. Um pouquinho, só. Este post é a manifestação desse estado.Febril.

Nas escadas a rena ganhou um laço e estrela dourados.


Até o menino Jesus de Praga, desceu à sala de jantar, e vestiu-se de festa, com brilhos e bolas coloridas.

E as doces bengalinhas...para as crianças da família. Mas só depois do Natal, um exercício de paciência.


E como filho de peixe sabe nadar, quem sai aos seus não degenera, e a laranja nunca cai longe da laranjeira, a Letícia construiu uma pequena aldeia natalícia com Lego. Linda!

Com direito a nevão! Como os Natais deveriam ser, segundo as crianças:
E pronto, realizei o sonho de fazer o meu próprio sneak peek, que é como quem diz: levantar o véu, ou desvendar um pouco!

Até breve!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Etiquetas para presentes: Faça Você mesmo

Há quem prefira trazer os presentes já embrulhados, dos sítios onde os compram. Eu não; gosto de ser eu a fazer os embrulhos, e francamente não tenho paciência para ficar a ver alguém a embrulhar os meus presentes, enquanto eu me limito a esperar.
Coisas minhas.

Sempre fiz assim, e este Natal inovei um pouco, seguindo esta ideia brilhante da Martha Stewart, Deus a abençoe! Embrulhei os presentes todos da mesma cor, e como marcadores utilizei postais de Natal do ano passado. Estão a ver como são úteis? Portanto, reciclei.
Gostei imenso do resultado. Se ainda não fizeram as etiquetas dos presentes, aqui está mais uma ideia!

Até breve!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Jacintos: Presente de Natal FVM - SOS

 ( Imagem de Mia's Country Living)
Sabe o que é um presente de Natal SOS? É aquele que deixamos para os últimos dias, ou mesmo últimas horas. E se para além disso, quiser evitar os centros comerciais a todo o custo, este é o ideal. Sabe porquê? Porque pode comprar os materiais numa drogaria, ou horto! Ninguém anda por estes sítios, nestes dias. Ou então muito pouca gente.

Porque o inverno também pode ser colorido e florido, tenho sempre no lado interior da janela da cozinha,alguns vasos com jacintos. É uma flor de Inverno, linda e perfumada. Se fizer uma visita pelos blogues de decoração escandinavos vai reparar que é uma flor presente em todos os lares, fazendo parte da  decoração natalícia. Segundo o que me disseram as minhas amigas suecas e finlandesas, passou a ser tradição por falta de opção, ou seja, era a única flor que tinham no inverno. As cores podem ser rosa, roxo e branco, e esta última torna-se a opção mais comum, pelo aroma mais ligeiro que liberta.

No entanto, já só depois dos jacintos estarem em flor, na minha cozinha, é que as pessoas que  vêm cá a casa, reparam neles! Mas aí já é tarde demais para plantarem. Por conseguinte, a minha sugestão é esta: ofereça jacintos plantados.

O que precisa:
1º Um  recipiente onde plantar os jacintos; pode ser algo que tenha em casa, uma cestinha até, desde que a revista com plástico, ou uma chávena que já não utilize, ou vasos em terracota, a escolha é sua, vai depender da quantidade de bolbos a plantar.
2. Bolbos de jacintos; evite embalagens e prefira comprar avulso, podendo desse modo examiná-los. Escolha aqueles que estão a "pedir terra" - ou seja, que já têm umas folhinhas verdes a despontar. Comprei na Feira a 15 cêntimos cada.
3. Um saco de terra.
4º Celofane.
5º Um laço de seda.

Como fazer:
Depois do recipiente escolhido, encher meio de terra,  colocar o bolbo e tapar novamente com terra, não cobrindo o bolbo totalmente. Se tiver musgo, pode cobrir, fica lindo! Embrulhar com celofane, e dar o laço.

Será um presente duradouro, e perfumado.
Até breve!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Guerra ao piolho: O bê à bá!

Bem sei que a semana do Natal não combina mesmo nada com um tema destes, mas se o faço é por ser extremamente necessário, e parecendo um contra senso: o tempo mais adequado!

Durante muito tempo os meus filhos escaparam incólumes a estes parasitas; de todas as vezes que vinham do Infantário, e depois da escola, os avisos para examinar as suas cabeças, eles passavam no teste orgulhosamente. Também porque não seria assim? Eles tomam banho todos os dias, pensava eu. Portanto, da primeira vez que encontrei um piolho na cabeça do Duarte, no segundo ano, entrei em choque. Fiquei enojada, e nem sequer sabia como lidar com a situação. Imediatamente comuniquei à professora e ela mesma me deu as orientações de como proceder.

Neste ano lectivo, num só período, já tive que utilizar o champô anti-parasitas quatro vezes, na cabeça da minha filha. De todas as vezes fiz saber a professora que ela tinha piolhos, para que  tomasse as medidas apropriadas. Indigna-me que sendo a Letícia uma criança com tantos cuidados de higiene pessoal, seja contaminada com piolhos, com esta frequência.

Entretanto, um jornal nacional dedicou recentemente um artigo aos piolhos, dando-lhes a importância -crescente- com que devem ser tratados. Dizia o artigo, que actualmente é muito mais difícil de controlar as pragas de piolhos, do que antigamente, por duas razões:
1º - Os pais não têm tempo para examinar as cabeças dos filhos regularmente, e tratar do assunto, se caso fôr.
2º- Os pais têm vergonha de comunicar nas escolas, que os filhos têm piolhos, promovendo deste modo a propagação desenfreada do parasita. 

Eu tenho tempo para examinar as cabeças das crianças, mas eles já lá estão, não há aviso prévio! E não tenho vergonha alguma de comunicar na escola, porque evidentemente não tenho peso na consciência.

Algumas coisas que devemos saber sobre os piolhos:

Como são: Pequenos insecto de aspecto oval, medem entre 2 a 4 mm. As fêmeas põem diariamente 10 ovos - as lêndeas-  de aspecto transparente, que ficam agarrados ao cabelo. Após 8 dias, os ovos eclodem e tornam-se adultos. Passados 10 dias já põem os seus ovos.
Onde se alojam: O piolho necessita de uma superfície com cabelo para sobreviver;  fora do hospedeiro  apenas durante 48 horas, e a lêndea durante 10 dias. Apesar de o cabelo curto ser menos convidativo para estes parasitas, não é  por si só, uma protecção segura. 
O piolho alimenta-se de sangue e por isso começa por morder a pele da cabeça. Esta mordedura não causa dor por si só, mas quando está a sugar o sangue, o piolho expele saliva alergizante. 
O contágio:  É feito  frequentemente por contacto interpessoal próximo (cabeça-a-cabeça), mas também  através da partilha de chapéus, escovas e outros objectos pessoais de pessoas contaminadas. Roupa pendurada  (infectada) junto de outra no bengaleiro da escola é o suficiente para fazer proliferar esta "praga".
Sintomas: Comichão intensa e a irritação da pele da cabeça. É mais evidente na região da nuca e atrás das orelhas. Infelizmente, quando a infestação é detectada, geralmente já dura há várias semanas.
Tratamento Insecticidas na forma de champôs de lavagem que são bastante eficazes na eliminação de piolhos e lêndeas. Dado que o período de incubação dos ovos do piolho varia de 6 a 10 dias, após a primeira aplicação, esses medicamentos devem ser aplicados novamente dentro de uma ou duas semanas para atingir os parasitas que tenham aparecido entretanto.
Como medida adjuvante, é importante usar uma solução de mistura de vinagre e água (deixar actuar durante meia hora) ao pentear os cabelos com um pente de dentes apertados. As lêndeas são muito difíceis de remover e o vinagre é usado para amolecer a substância que fixa firmemente as lêndeas aos fios de cabelos. Este procedimento deve ser repetido diariamente durante vários dias.
Mesmo quando já não parecer existirem mais piolhos, é prudente examinar o cabelo uma vez por semana.
Os pais devem saber que a comichão pode durar semanas após um tratamento bem sucedido.

Porque é este o tempo adequado para falar de piolhos? Porque as crianças estão de férias escolares, portanto mais disponíveis. O meu alerta vai para os pais: examinem a cabeça dos vossos filhos e tratem do assunto. Numa altura destas já nem peço que informem as professoras. 

A informação recolhida, para este artigo de utilidade pública, digo eu, provém do educare.pt , cuja leitura total do artigo recomendo vivamente, e daqui. 

Até breve!  

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Dar a consoada


- Alguém sabe o que significa?
Pois eu, ainda sou do tempo em que se dava a consoada, no Natal; quer dizer, quando era criança, lembro-me de darem a consoada aos meus pais. Na mercearia onde fazíamos compras, o senhor oferecia uma garrafa de vinho do Porto.
A padeira ( sim, tínhamos uma senhora que entregava o pão em casa, todos os dias do ano, muito cedo, ainda de noite!), dava um cacete para as Rabanadas, ou a broa de pão para os Mexidos.
A leiteira ( sim, também tínhamos quem viesse todas as manhãs bem cedo, com o leite acabado de mugir, ainda morno), essa, ofertava um litro de leite, muito necessário, para os doces natalícios.
Os clientes do meu pai enviavam-lhe cabazes, com vinhos e frutos secos. Por vezes frutas tropicais da Madeira.

Foi mais um costume que acabou, juntamente com essas profissões...e esse tempo traz-me memórias que me provocam saudades. Dos costumes que se foram, e sobretudo das pessoas. Porém, não é sobre isso que quero escrever. Quero escrever sobre as consoadas.

Embora os presentes, para os adultos, tenham sido abolidos na família, gosto de presentear ou - dar a consoada- a algumas pessoas. Àquelas que nos prestam serviços durante o ano; como por exemplo aos funcionários da escola dos pequenos, ao funcionário que vem cá a casa fazer entregas dos CTT regularmente, àqueles que vêm fazer a contagem dos consumos da electricidade, e água, aos lixeiros.

Nenhum deles está à espera,  porque simplesmente já ninguém dá a consoada, ou muito pouca gente ainda o faz. E sinto que todos experimentam uma alegria genuína, causada talvez pela surpresa, ou pelo prazer de verem os seus trabalhos reconhecidos.

Sinto-me grata pelo trabalho destas pessoas e quero expressar a minha gratidão deste modo, dando a consoada.
E você? Também dá a consoada a alguém?

Tenham um óptimo fim de semana!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A boa educação está fora de moda?

Hercule Poirot: A personificação da boa educação nos tempos áureos
Penso que está, e acredito mesmo que é daquelas coisas que contrariamente à moda, que é cíclica, não voltará a estar na moda. A boa educação morreu e foi cremada. O que resta dela são cinzas, espalhadas ao vento, que nós vamos sentindo um pouquinho, aqui e alí, cada vez mais espaçadamente.

O meu pai usava chapéu e boné, conforme as ocasiões, mas logo que entrava fosse onde fosse, tirava-o da cabeça. Sempre o ouvi dizer que era falta de educação manter a cabeça coberta, quando se entrava nalgum sítio. Hoje, o que vejo eu? Rapazes que parece que já nasceram com bonés, ou então que lhes foram colados à cabeça, com super-cola3, tanto que lhes custa levantar o boné da cabeça, seja em casa, seja na sala de aulas. Acontece que a causa do problema é unicamente uma: falta de educação. Os pais não os ensinaram.

Há dias ouvi uma breve conversa entre uma rapariga, que aparentava uns 20-25 anos, com um senhor idoso; ele dirigiu-lhe a palavra, e como ela não o ouviu, obrigou-o a repetir com um simples e mal-educado - Ahhh?
Até me pareceu uma rapariga simpática. Mas sem maneiras. Porquê? Porque os pais não lhe ensinaram que quando não se ouve alguém, diz-se um simples  " - Desculpe?".

Também já vi adolescentes com head-phones nas orelhas, enquanto são atendidos por caixas, nos locais de pagamento de supermercados e lojas. Pessoas a falar ao telemóvel, em caixas, com conversas que duram mais do que o registo das compras e pagamentos, sem dirigirem uma única palavra ao funcionário? Puff...já se tornou corriqueiro!

Isto é o básico, e até já considero menos escandaloso, quando me lembro de "cabra", o insulto mais popular  nas séries americanas, que se banalizou a ponto de ser  utilizado por pais e filhos, entre marido e mulher, entre irmãos, entre amigos. E deixou de ter género, ninguém está a salvo com ele!
E este preocupa-me, porque se o insulto passou das canções rap, para as séries, vai certamente passar para a linguagem verbal dos jovens portugueses. Sabem aquela coisa: o que é repetido até à exaustão, banaliza-se? Os publicitários dominam bem a técnica, o que não faz dela segredo, e ainda assim funciona perfeitamente

Por onde anda o "Bom-dia", "Se faz favor", "obrigada" ? Banidos da língua portuguesa! Não me admirava nada que nas próximas edições dos dicionários da Língua Portuguesa, tais expressões já lá não viessem. Talvez no próximo acordo ortográfico!
 
Eu gostava muito de poder dizer que a boa educação é intemporal. Todavia a evidência não está do meu lado e a minha vontade, per se, não é suficiente. No entanto, uma coisa é certa, a minha vontade será eficiente, na educação dos meus filhos, que serão bem-educados, num mundo de mal-educados. Vou fazer o quê? Ainda assim acredito que o Mundo será melhor para eles, e com eles!

Até breve.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Silhueta natalícia no espelho

A lista do que se pode fazer em termos de decoração natalícia, de forma simples e económica, é praticamente inesgotável; e sabe, quem sabe minimamente de decoração, ora quem não sabe?! que a pedra de toque são os detalhes.
Um espelho decorado é um desses detalhes. E mais um da série "faça você mesmo"!

Devo dizer que não há quem se encante com estas silhuetas, porém são as crianças quem mais debate a história; porque não está lá o Pai-Natal? Onde estão os presentes? A quem pertence aquela casa? E, evidentemente, encontram respostas para tudo!

Material:
Cartolina dourada, branca e vermelha
Moldes de bolachas, com motivos natalícios
Lápis
Xis-acto
Cola e fita-cola

Como fazer:
Fazer os desenhos, utilizando os moldes para bolachas. Relativamente à casinha, não tinha, portanto desenhei eu mesma, não tem que saber; recortar com auxílio da tesoura, e xis-acto,quando der mais jeito, por exemplo, nas janelas da casa. Colar as partes que são para justa-pôr, como a neve e o vaso da entrada.
Colar no espelho, utilizando fita-cola dupla, ou simples dobrada.
Não tem ciência alguma, pois não?

Tenha uma óptima semana!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Árvore de Natal fofa!

A Letícia queria uma árvore de Natal no quarto; pareceu-me um desejo tão simples e fácil de realizar, depois de ter visto esta ideia algures, num blogue de crafts. Quem me dera lembrar-me onde, para partilhar convosco...Entretanto, aqui fica a nossa. A outra era toda branquinha, linda! Esta é mais adequada  à decoração do quarto.


Material:
- Uma caixa de cereais  vazia, pois
- Uma embalagem de algodão em bolas
- Cola
- Botões coloridos
- Purpurina
- Tesoura

Como fazer:
Enrolar o cartão da caixa, fazendo um cone; aparar as pontas, de forma a fazer um circulo, que sirva de base e assente perfeitamente. Colar o cone longitudinalmente. Colar as bolas de algodão, usei a pistola de cola quente, agora não quero outra, e distribuir as cores aleatóriamente. Colar os botões e salpicar com purpurina.

E saí uma árvore de Natal, fofa, para um quarto cor de rosa!

Bom fim de semana!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A escrava de Córdova


Este é o meu livro de reconciliação com os autores contemporâneos; o título agradou-me desde a 1ª vez que me deparei com ele, mas não me atrevia a lê-lo, por achar que a decepção seria inevitável. Eu explico, e é assim simples: não gosto dos autores contemporâneos portugueses. Não vou nomeá-los mas posso afirmar que foram muitos os que tentei ler e não consegui. Até que definitivamente desisti.

Porém, "A escrava de Córdova" era um daqueles livros que me estava na retina da memória e quando uma amiga, que o tinha lido e me disse que gostou muito, se ofereceu para  mo emprestar, aceitei. Tinha chegado o momento!
Bem sei que os gostos literários são pessoais, mas afinal eu não tinha nada a perder.

E não tinha mesmo, porque no fim de contas gostei imenso do livro; é um romance-histórico, o meu género preferido, passa-se no séc.X, na península Ibérica, quando esta se dividia em reinos cristãos e muçulmanos e estes últimos eram preponderantes. A parte da história que eu achava ser a menos interessante – a muçulmana - acabou por se revelar fascinante.
É tão emocionalmente turbulento verificar que muitas  das nossas ideias são preconceitos, que nada têm de real ou verídico.
É tão surpreendente, quando nos encontramos na parte da cultura mais pobre, mais simples, mais rude, mais ignorante!
Eu tinha estudado sobre todo o conhecimento árabe que nos ficou devido à permanência deste povo na Península, mas entretanto esqueci-me. E foi muito oportuno, e justo,  relembrar essa lição!

É um bom presente de Natal; compre-o para oferecer, ou compre-o como presente para si mesmo, mas leia-o.

 Até breve!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Centro de mesa de Natal e expositor de postais - Faça você mesmo

Hoje mostro outro centro de mesa, que coloquei na mesa do hall, porque pretendo que se respire Natal desde o 1º passo, que se dê nesta casa!

Material:
Uma taça de porcelana (saladeira da Vista Alegre, que guardei por estar estalada)
Terra (trouxe do monte, no passeio de sábado)
Musgo (trouxe do monte….)
Ciclamen branco (comprei na Feira 2,50€)
Bolinhas decorativas azuis e vermelhas (comprei no Aki, 1,75€ a caixa)

Como fazer:
Encher o vaso pelo meio com terra, transplantar o ciclamen, e cobrir as raízes com terra. Forrar com o musgo (para não permitir que a terra seque demasiado, e não sujar as bolas). Cobrir toda a superfície com as bolas de Natal.
Feito. Simples, não é?

Porque o bastidor será insuficiente para todos os postais de Natal, fiz outro, desta vez utilizando um galho, algo que tenho visto em blogues de decoração, igualmente simples de fazer.

Material:
Um galho seco e bonito
Cola branca e pincel
Passarinhos e bagas vermelhas
Neve
Molas em miniatura
Pistola de cola quente
Pasta de modelar
Recipiente: jarra, cesto…

Limpar o galho com o pincel. Apoiar o galho numa base da pasta  de modelar e colocar na jarra. Colar os passarinhos e as bagas com a cola quente (- foi um grande passo para mim, estava com tanto receio da pistola, sei lá... só o nome!), pincelar os galhos com a cola branca e cobrir com a neve. Distribuir as molas pelos galhos, prender os postais e expor!
Agora é só esperar que mais postais de Natal cheguem.

Tenha uma óptima semana!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Decoração de Natal - Faça você mesmo

Vamos passar este Natal em nossa casa, que é o melhor presente que eu poderia receber. Enquanto muitas pessoas se preocupam com o trabalho que isto implica, eu alegro-me com esse trabalho, porque implica planear um Natal ao nosso gosto.

Assim sendo, queria fazer algumas alterações à decoração natalícia, porque é muito mais simpático receber os convidados com novidades, e coisas diferentes dos anos anteriores. E claro, para nossa própria satisfação, pois ficaremos com a casa enfeitada até aos Reis!

Porém, o desafio que me impus foi o de reciclar e reutilizar na decoração deste Natal. Confesso que comprei uma ou duas coisinhas, para incrementar alguns projectos, que vou partilhar convosco.
Comprei esta decoração da árvore de Natal quando as crianças tinham 2-3 anos; queria um pinheiro de Natal mais infantil, por isso escolhi ursinhos e bonecos de neve como personagens principais, e estrelas e bolas vermelhas como figurantes. As crianças gostaram, e gostam, por isso temos mantido a temática.
Esta grinalda que colocamos no hall da entrada, tinha somente umas bagas vermelhas, então resolvi potenciar a cor e coloquei-lhe pequenas bolas azuis e vermelhas, brilhantes, baças e com purpurina, que desde logo lhe deu outro brilho.
Os postais de Natal decoram sempre a casa e gosto de ir variando a forma de os expor; este ano optei pelo uso do bastidor, uma processo simplicíssimo de executar. Enrolei a fita (recordam-se do cesto dos figos? Reutilizei!), e prendi molas de madeira a toda a volta. Coloquei o primeiro postal de Natal, que chegou da Itália. Mas vêem aí mais. Muitos mais...
O centro da mesa foi a Letícia que fez! Vou dar o PAP, porque, convenhamos… é tão difícil! Pega-se numa terrina, enche-se de bolas coloridas, coloca-se na mesa. Tadaaammm!
Para já fica este, quando se aproximar o dia 24 faço outro de verdes e frutos naturais, daqui até lá, ele não aguentaria.
Transformei a lanterna que está nas escadas, utilizando uma fita de seda vermelha com dourados, duas poinsétias artificiais e substituindo a vela, por uma vermelha. Totalmente natalícia. O mesmo também se pode fazer a castiçais.

O mau tempo esperado para o fim-de-semana proporciona-se a mais artes natalícias, portanto, para a semana, partilho convosco mais algumas ideias, e também trabalhos de leitoras convidadas. Se quiser participar é só enviar as fotos para o mail da coluna, ok? A partilha inspira!

Bom fim-de-semana e boas produções!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Onde está o paraíso?

Passei a minha infância numa pequena Vila, que tinha apenas um Centro de Saúde, duas escolas, uma primária e o Ciclo, um posto da GNR e uma Bomba de Gasolina. Também tínhamos um parque para passear e fazer piqueniques, um rio com praia fluvial, uma piscina, um monumento romano e Termas.

Na infância e juventude do meu pai, a Vila tinha ainda um hotel (das Termas) onde se faziam festas memoráveis, e no rio do parque havia gaivotas (barcos). Só havia escola até à 4ªclasse; quem quisesse continuar a estudar tinha que viajar 7 kms de camioneta, como o meu pai fez, e como eu fiz.

Era uma vila pitoresca, com casas antigas, um coreto pintado a vermelho, quintas, e uma população reduzida, que se reconhecia.
No entanto durante anos, ouvi dizer que esta terra não evoluía, que estava parada no tempo, que não acontecia nada por aqui!
Então, algum Génio do Mal ouviu estas queixas dos homens e enviou-nos os empreiteiros; eles começaram a construir prédios, nos outrora campos verdejantes, e até um centro comercial. Pessoas oriundas das cidades e aldeias vizinhas começaram a instalar-se na Vila. Apesar de só dormirem aqui, trabalhavam fora e compravam fora, o número de recenseados aumentava.

E começaram a ouvir-se outro tipo de comentários: - A Vila está muito desenvolvida! Está a crescer muito!
As crianças passaram a estudar na Vila até ao 12º ano, e os feirantes ganharam um mercado, em substituição da pequena praça antiga, e berma das ruas.

E o Génio Mal vendo que homens se contentavam com estes planos, mandou mais; em vez de uma estação de serviço, passaram a existir três, bem juntinhas umas às outras, localizadas todas dentro da Vila. E cereja em cima do bolo: lojas de chineses a proliferarem como cogumelos!

A Vila da minha infância, aquela vila pitoresca com casas antigas, com rio despoluído, paisagem verde desapareceu. E há ainda quem pense que isto é evolução?!
Se é, só quero uma coisa da “evolução”, uma máquina do tempo, para nos levar de volta ao séc.XIX!

Até breve!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Azeitonas com sementes de funcho e laranja - da Martha Stewart


Vamos começar a semana com mais um presente de Natal - Faça-você-mesmo-,  como diz a querida F. : um presente paparoca! A linha continua a mesma: simples, económico e rápido.
A receita é da Martha Stewart. Ela decorou com papel, daquele que serve de base para bolos, e ficou muito giro!

Azeitonas com sementes de funcho e laranja
Ingredientes:
Uma chávena de azeitonas sortidas
1/4 de chávena de azeite, e q.b. para encher o frasco
1/4 de colher.chá de malagueta desfeita
1/2 de c.chá de sementes de funcho
2 folhas de louro
4 tiras de raspa de laranja
2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco

Como fazer:
Coloque e misture todos os ingredientes numa tigela. Transfira para um frasco. Encha o frasco com o azeite necessário. Colocar imediatamente no frigorífico, pelo menos 8 horas e até duas semanas. Escorra antes de servir.

Para decorar recortei um circulo de tecido (sobras da bainha de umas cortinas), atei com uma fita aos quadrados ( lembram-se do cesto de figos? Pois é, reutilizei a fita!), e juntei-lhe uma etiqueta em zig-zag.
Pronto, mais um! Para quem irá este  presente? Há grandes apreciadores na família...

Tenha uma boa semana!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O povo das meias

O par que aqui falta também aderiu; apesar da estranheza inicial...
Quando eu era criança achava muito inusitado um costume em casa de uns tios; todos, mas todos tínhamos de tirar os sapatos antes de entrar em casa. Até podíamos deixar o calçado junto à porta interior da cozinha, mas dali não passávamos. Entravamos em meias. Era giro e diferente.
Sem questionar este hábito, pensava que era por viverem numa aldeia, (como se nós não vivêssemos também!), e que a minha tia não quisesse que os 5 filhos levassem terra para dentro de casa. Enfim, um costume da aldeia!

Voltei a confrontar-me com este hábito de tirar o calçado para entrar em casa aquando das visitas de amigos estrangeiros. Alemães e franceses. Em Novembro de 2009 tivemos a visita de um casal amigo alemão; quando os convidamos para se sentarem na sala de estar, senti o mal-estar deles ao verem que iriam pisar o tapete. Ele não conseguiu, manteve os pés suspensos por alguns minutos, até que num rompante pediu licença para tirar as sapatilhas e então sim, pousou os pés confortavelmente no tapete fofo de lã bege! Depois disso andaram sempre de pantufas.

Na mesma altura recebemos uma revista do Ikea, dedicada a sapateiras, que promovia este produto com a divulgação do hábito escandinavo de andarem em meias, em casa. Família, amigos, visitas, todos se descalçam quando entram em casa.
Sapateira do Ikea, colocada no WC serviço, logo à entrada
Comecei finalmente a entender a questão da higiene; porque se pararmos para pensar bem  é uma falta enorme de higiene! O calçado que andou por todo o lado na rua, vem para dentro de casa, pisar o chão onde muitas vezes as crianças se deitam, gatinham (sim, os meus ainda gatinham. E até nadam no chão!), onde deixamos cair coisas, etc. Uma certa altura fui encontrar um amigo do meu filho em cima da cama dele, com as sapatilhas pousadas na almofada! Tentei controlar-me, mas fiquei muitíssimo irritada. Foi a gota de água, a partir daí também os amigos se descalçam, no segundo corredor.

No verão andaram alegremente descalços, todas as crianças gostam, os pais nem por isso, mas eu sim e cá em casa mando eu, agora no Inverno estão a descobrir, com menos perplexidade do que imaginei, que há pantufas de substituição.

Quanto aos adultos, familiares e amigos ainda não resolvemos a questão; vamos deixar andar por mais algum tempo, até implantarmos mais uma nova regra. Afinal bem sei, as mentalidades demoram a mudar, excepto se forçarmos à mudança! E vai ficando o lamiré...

E por aí, também são um povo de meias e pantufas, como nós, ou ainda não?

Bom fim-de-semana!

Actualização: Este post, inspirou este, da Cora.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Presentes de Natal - FVM- para quem não tem jeito nenhum!


Entendeu aquela sigla, não entendeu? Eu sei que escrevo para pessoas inteligentes. Por vezes dizem-me que gostariam muito de poder fazer os presentes de Natal, mas que não têm jeitinho nenhum.
Certo, há pessoas mais dotadas para as artes manuais do que outras, e mesmo com ideias, e passo-a-passo não são bem sucedidas. Se encaixa neste tipo, não desespere, porque há solução, e não precisa gastar montes de dinheiro! Se não é o caso, aqui fica outra ideia.

Recebi há dias, este cestinho de presente de alguém que também não tem jeitinho nenhum para presentes "Faça-Você-Mesmo". No entanto, esta pessoa conhece-me muito bem e conseguiu fazer uma oferta económica e muito apreciada, cá em casa. Esta é a chave para um presente bem sucedido: ter em consideração a pessoa presenteada, optar por algo "perecível" ( eu pelo menos não quero cacarecos, e sei que grande parte dos presentes acabam guardados), e económico. E para mais, made in Portugal!

O cestinho estava em casa, os figos são do Douro, mais pequenos do que os turcos mas igualmente doces, e muito mais baratos! Comprados a granel, opção muito mais económica. Colocam-se os figos no cesto, cobre-se com celofone, embrulha-se com fita de fantasia. Não me diga que não consegue fazer isto, que eu vou aí! Para ajudar, ora.

Frutos secos são uma opção segura, para as festas de Natal e fim de ano; estão em todas as mesas. Pelo menos em Portugal.

Até breve!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Postais de Natal - Faça você mesmo

Há dias conversando com uma senhora amiga, ela disse-me que costumava gostar imenso do Natal, no entanto só de pensar no mês de Dezembro, já se sente stressar. Para além do trabalho intenso do próximo  mês, tem ainda de preparar a festa para a família e comprar presentes, para filhos, noras, genros e netos. Até já disse aos filhos que vai morrer no Natal!

É dramático, mas eu compreendo-a e penso que muitos de vocês também a compreenderão; o Natal tornou-se num tipo de festa materialista e consumista que nos faz mal. Como eu não quero isso para mim, porque mudei e esse tipo de celebração já não me satisfaz, mudei as regras do "jogo". Eu desejo um Natal mais espiritual, humano, solidário e menos consumista.

Por isso tenho feito esta série de "faça você mesmo"; tenho a esperança de poder inspirar alguém,  para que esse alguém  possa desfrutar o Natal mais tranquilamente. Reduzindo ao consumismo, economizando, reciclando, e o possa fazer sem stress.

Hoje são os postais de Natal ( já sabem que sou adepta de postais), para mais os de Natal, que além de nos trazerem bons augúrios,  funcionam tão perfeitamente na decoração natalícia. Decoram móveis e árvores, fazem guirlandas e coroas. E deixam palavras que podem ser lidas e relidas.
Postais da Letícia
 Programa de um domingo chuvoso:
1.Cartolinas  de cores variadas ao gosto ( escolhemos verde e vermelho)
2. Folhas de papel branco, A4
2. Cola
3. Tesouras com feitios e lisas
4.Purpurina

Como fazer:
Recortar uma série de postais, utilizando um como modelo. Distribuir pelas crianças e deixar que decorem conforme a imaginação de cada uma. Aviso:  Controlar o uso de purpurina, para não acabar com o pavimento da casa mais brilhante do que uma discoteca dos anos 70! 
Expor os postais de Natal e fazer lista de destinatários.
Postais do Duarte
Objectivo do projecto:
Promover os laços de amizade e tradições.  Ensinar às crianças o valor das tradições. Incentivar a criatividade. Passar uma tarde de domingo divertida, sem ser a ver tv ou a jogar PS. Economizar e reciclar, utilizando materiais existentes.

Não está mal, pois não?!

Tenha uma óptima semana!

Actualização: Este post, inspirou este, na "Vida como a vida" quer e no "Mãe com filhos". 

Posts relacionados: Postais de Natal - Faça você mesma
                            Recrear o Natal - Passo I

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A sério; os portugueses são preconceituosos?

Esta  pergunta foi-me na realidade sugerida pelo Jens, que chocado com a morte de um patrício seu, no nosso país, me levou a reflectir sobre o significado de um crime que eu desconhecia.

Segundo a mulher, Andressa Valéria, Luciano Correia morreu por preconceito e não quer que o marido seja enterrado num país preconceituoso. (Notícia completa aqui)

Cada vez que ouço falar de um emigrante que morreu em Portugal, fico tristíssima; não há nada mais trágico do que alguém que abandona o seu país, na busca de uma vida melhor, e encontra a morte de forma prematura e violenta.
Por isso entendo essa declaração de Andressa Valéria como uma manifestação de grande sofrimento e revolta. Mas não me parece que a Andressa tenha a razão do lado dela.

É verdade que em tempos de crise, e taxa de desemprego alta, os primeiros a serem apontados como excedentários são os emigrantes. No entanto, os comentários que ouço referem-se pejorativamente a pessoas da etnia cigana e de nacionalidade romena. Uns porque vivem de rendimento mínimo, outros da mendicidade. É verdade que já nem me lembro do número de romenos que tocaram, e tocam à campainha, a pedir. E nunca, nunca, um só brasileiro que fosse!

Os brasileiros estão bem integrados na nossa sociedade, temos uma série de pontos em comum, a língua, a história, raízes, e sangue. Portugueses foram para o Brasil, e brasileiros vieram para cá. Portugueses emigraram, e emigram ( recomeçamos um novo êxodo, recentemente) para todos os países do mundo; eu própria tenho familiares espalhados pela Europa, América do Norte e América do sul. Por conseguinte, a emigração para nós não é tabu!
E esse é um dos motivos que me leva a intervir sempre que alguém fala dos emigrantes como fonte dos nossos males. Porque isso também existe; afirmações preconceituosas  - Os brasileiros não gostam de trabalhos pesados (haverá alguém que goste?!). Piadas xenófobas: - Apareceu um velhote com uma mulher muito nova! Era brasileira!
Contudo, daí a meter todo um povo no mesmo saco, vai um grande passo. Daí a catalogar os portugueses com o mesmo rótulo, vai outro grande passo.

Os homens em Portugal não se chamam todos “Sr. Manuel”, e nem todos trabalham em padarias! As mulheres portuguesas já fazem depilação do buço há muitos anos, e vestem-se com roupas coloridas.

Eu creio que portugueses e brasileiros são como uma grande família, onde há piadas e trocadilhos, e zangas até, porém gostamos uns dos outros e respeitamo-nos. Mas no fim de contas…que sei eu? Nem sequer Portuguesa dos quatro costados posso dizer que sou ( um costado vem do Brasil!).

Tentei reunir testemunhos de brasileiros em Portugal, que ilustrassem uma posição fundamentada, fosse qual fosse, mas infelizmente sem sucesso. Vivo num meio alheio a esta realidade, e tudo o que suponho e concluo é baseado num estudo empírico, digamos assim.

Mas você caro leitor, pode sempre contribuir, esclarecendo com a sua opinião e experiência. Vamos gostar de saber. Para o bem e para o mal.

Um bom fim de semana!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Presentes de Natal faça você mesmo: "Granny square"

(Da série presentes de Natal IV)
É sabido que granny square é tendência, mas tenha calma, as mantinhas são lindas porém demoram demasiado tempo para se crochetar - eu tenho plena consciência disso! – e nós queremos coisas rápidas para o Natal, até porque já nem falta assim tanto tempo. Então que tal uma capa para almofada?

Se tiver restos de lã em casa nem precisa de comprar material, é uma óptima opção para aproveitamento de restos, caso precise adquirir também não será nenhuma exorbitância. A quantidade de novelos vai depender das cores que pretender utilizar.

Tenha em consideração as cores do quarto, ou sala, da pessoa a quem pretende ofertar. Em poucas noites, enquanto vê televisão por exemplo, faz uma capa. Eu fechei com botões de um lado. Reparou que ela está ligeiramente assimétrica?! Artesanato é assim mesmo, um pouco  imperfeito, e além disso dentro da almofada ela adquire a forma.

Precisa de passo a passo? Veja aqui. E aqui.  Isto é básico, hã?! Mais fácil não há.

Até breve!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

E o saco de compras reutilizável vai para...

Depois de uma manhã de suspense não propositado,  porque as minhas manhãs, sobretudo as de segunda-feira, são muito atarefadas! E também porque este post não poderia ser programado, pois o sorteio seria feito à hora de almoço, pela Letícia ( método que eu achei muito mais giro, por ser um pequeno grupo). E o saco de compras reutilizável da Cath Kidston, vai para…


- Parabéns, econauta 2.0 Patrícia!
Só tens que me enviar a tua morada para o receberes.

Gostaria muito de ter um saco para oferecer a cada uma ( e um!)  dos participantes, mas não sendo possível, fica a esperança de que talvez para a próxima! Já me estou a comprometer…

Uma óptima semana!

domingo, 14 de novembro de 2010

Última oportunidade!

Lembrete: Termina hoje a inscrição ( até à  meia-noite) para o sorteio  do saco de compras reutilizável da Cath Kidston!

Se ainda não participou, relembro: deverá deixar o seu nome na caixa da comentários e ser seguidora do Mãe... e muito mais. Tendo em conta que as participantes formam um pequeno grupo, a sua hipótese de ganhar é grande ;)
Para veteranas do ambiente e econautas.2.0  em processo!

Bom domingo!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Receita para o fim de semana: Bolo das Rosas


Não é exactamente uma sobremesa, porém com boa vontade consegue-se que o seja, basta acompanhar com o café! Se preferir, para acompanhar o chá ao lanche. Eu gosto das duas opções! É um bolo de Inverno (na minha opinião), e por conseguinte só o faço em dias frios.

Receita do Bolo das rosas

Massa:
550g de farinha
20g de fermento de padeiro fresco (ou 1 saqueta em pó)
2,5dl de leite
125g de manteiga
2 Ovos
Sal

Na máquina de pão:
Colocar os ingredientes da massa na cuba e seleccionar o programa “Massa”.

Tradicional:
Dissolve-se o fermento e o sal no leite morno.
Amassa-se a farinha com a manteiga derretida. Vai-se deitando o leite aos poucos e amassando até estar seco e depois acrescenta-se um ovo de cada vez e amassa-se muito bem, deixando levedar até dobrar de volume (aproximadamente 1 hora).

Aproveite para untar e forrar uma forma de mola de 26cm de diâmetro com papel vegetal.

Recheio
125g de manteiga
125g de açúcar
125g de amêndoas trituradas

Quando o programa terminar, estenda a massa, polvilhando com farinha a bancada e comece a trabalhá-la.
Com a ajuda do rolo da massa forme um rectângulo.
Pincele o rectângulo com a manteiga derretida e espalhe por cima a amêndoa misturada com o açúcar.
Comece a enrolar a massa com este recheio como se de uma torta se tratasse.
Enrole-a sobre o lado menor, resultando um comprimento de rolo maior.

Com uma faca afiada apare as pontas e divida-o em partes iguais.
Corto 9 rodelas, uma para o centro e oito que são dispostas na forma em seu redor, formando uma flor. (Deve ser deixado um espaço entre as rodelas, pois ao levedarem vão aumentar de volume)
Deixe levedar mais 30 min, até as rosas ocuparem o espaço todo e se pressionarem entre si.

Leve ao forno a 180º por 30 min, até passar no teste do palito.

Calda
390g de água
180g de açucar
1 vagem de baunilha

Enquanto o bolo está no forno, prepare a calda:
Coloque todos os ingredientes numa panela, e leve a lume brando, mexendo sempre até engrossar e atingir o ponto de calda.

Desenforme, coloque no prato de servir e regue com a calda.

É um bolo delicioso, com um magnífico aspecto e rende bastante. Já tenho feito para oferecer. Não é o caso deste. Este é nosso! Porque está muito frio, e vai saber tão bem com o chá das cinco!

Receita retirada na íntegra do No soup for you.  

Bom fim-de-semana!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Presentes de Natal – faça você mesmo


 ( Da série presentes de Natal III - quadros com folhas impressas)

Desta vez, dedicamo-nos às artes plásticas. Pretexto para um passeio pela natureza, a fim de  recolher as folhas perfeitas, e pôr as crianças a participar.
Para oferecer a quem ainda tem paredes muito vazias, ou tem cheias mas gosta assim! Para oferecer a quem aprecia artes manuais.
O que precisamos:
2 telas
Aguarelas e pincéis
Linhas de bordar e agulha
Como fazer:
Pintar o interior das folhas com a tinta desejada. Colocar sobre a tela e carregar bem e uniformemente, para imprimir o melhor possível. Deixar secar.
Bordar os contornos das folhas e as nervuras interiores ( - Bem sei, é esquisito bordar uma tela, não é? Mas funciona perfeitamente! Não me lembrei foi de fotografar esse passo. Sorry!). Escolha as cores que desejar, sendo que amarelo, laranja, verde, castanho e até dourado, são absolutamente permitidos, pois são as cores do Outono. Pintar o espaço branco da tela, numa cor ao seu agrado. Eu escolhi um rosa esbatido.


Pronto! Fiquei muito satisfeita com o resultado final, apesar de não terem ficados iguais aos de quem me inspirou. Mas suponho que todos temos liberdade artística para alterar uma ou outra coisa, não é?
E se quer que lhe diga, apesar de não ter comprado nenhum material (já tinha tudo em casa) ficou super-económico!

Projecto retirado, e ligeiramente adaptado, do That Artist woman.

Até breve!
Actualização: destaque do post no Casa claridade

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Este blogue não é um blogue seguro!



Num blogue seguro os leitores entram e já sabem o que vão encontrar; no Mãe… e muito mais isso não acontece, porque tanto pode ser um texto sobre decoração, artes, viagens, reflexão pessoal, receitas, ambiente…. como política!

Confesso que me faz muita confusão quando alguma mãe me diz que não gosta de política! É uma declaração generalizada, porque todos a dizem, consentem e concordam. Mas quando uma mãe a diz…apetece-me “acordá-la”.

Uma mãe, que se acha boa mãe, interessa-se pela alimentação do filho, se veste roupa quente ou fresca, interessa-se pela escola onde o matriculou, pelos amigos que ele faz, com as vacinas que ele tem que tomar, etc, etc, mas não se interessa por política, porquê?

Porque não tem a ver com o filho? Ronnnnggg (isto é a onomatopeia para campainha a sinalizar “errado”). Tem tudo a ver com o filho!

Senão vejamos; não se interessam os pais pelo património que deixam, ou deixarão, um dia aos filhos? Sim, porque isso os vai ajudar, de alguma maneira. Com a política é exactamente a mesma coisa; as políticas decididas hoje afectarão o futuro dos nossos filhos, a curto ou longo prazo, sendo por conseguinte uma espécie de herança.

Acontece que se continuarmos a ignorar esta evidência, a herança que deixaremos aos nossos filhos será em passivos; imagine comprar uma mansão, recorrendo a um empréstimo tão longo, que passará para os seus filhos, à sua morte. É uma imoralidade, não é?

O que os políticos estão a fazer neste momento é exactamente isso, a criar uma herança negativa, para os nossos filhos. Ainda me vai dizer que não gosta de política? Nem tem que gostar, só tem que se interessar por! Eu também não adoro politica (mas não gosto sobretudo é de políticos), porém como não confundo a sopa com as batatas, interesso-me pelo que se passa neste país. E estou completamente chateada.

Está mais do que na hora de acordar, boas mães; vejam como vivem os políticos em países realmente evoluídos, como a Suécia.

Tenha uma óptima semana!

P.S. O sorteio do saco reciclável da Cath Kidston continua; não esqueça de se habilitar, na caixa de comentários do texto anterior.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Econauta 2.0 e Oferta!

Eu sou e parece-me que você também é! Mas afinal, o que somos nós?
Este novo conceito define a mulher que tira partido da internet para ser mais ecológica e activa em termos de cuidado e protecção ambiental. Então, é ou não é?

As dicas a este respeito são abundantes, não somente em sites especializados, mas também na blogosfera; cada blogueiro vai acrescentando algo que faz, ou não faz, coisas simples que nunca nos atravessaram o pensamento antes e que vamos adoptando.
Desse modo, o nosso potencial de eco-guerreiras ( adoro este termo!) vai crescendo, e com as nossas acções vamos divulgando e ensinando em nosso redor (porque não há nada mais eficiente do que o exemplo), e convertendo mais adeptos ao ecologicamente correcto.

Já partilhei aqui várias vezes algumas ideias, daquilo que fazemos cá em casa. Uma delas, das mais básicas, é o saco das compras reutilizável. Tenho vários, um dentro da minha bolsa, dois na mala do carro e alguns na despensa. Até já comprei para oferecer, pois acho um presente extremamente útil. 

E o que tem a ver a econauta 2.0 com oferta do título? Se eu acrescentar um novo elemento a esta equação vocês vão compreender; aniversário.

Eu nem sequer costumo enfatizar o aniversário do “Mãe… e muito mais”, porém este ano apetece-me. Foi através do blogue que fui convidada para ir à televisão, foi também através dele que participei num artigo da revista Pais&Filhos. É ainda por este meio que tenho conhecido pessoas interessantes e inteligentes, com quem tenho aprendido, reflectido e rido muito.

Finalmente, tem sido um projecto que me tem ensinado a tenacidade. E como me sinto grata, por tudo isto, resolvi trocar as voltas às convenções e ser eu a dar um presente. Um lindo saco de compras da Cath Kidston, que você querida leitora*, poderá guardar na sua bolsa, para ter sempre à mão, quando for às compras.

Para concorrer ao sorteio, basta deixar um comentário dizendo que se candidata a dona deste lindo saco, e ser seguidora do Mãe... e muito mais. O sorteio será feito no dia 15. Boa sorte!

Bom fim de semana!

* Sem ofensa, querido leitor, claro que também pode participar!