segunda-feira, 15 de março de 2010

Como reduzir o consumo da carne

Aconteceu quando o Duarte tinha uns 3-4 anos; por ele adorar animais eu tinha o cuidado de colocar nas travessas a carne já partida, porém um dia pus na mesa um frango inteiro. Então, o meu filho, fez-me aquela pergunta fatídica e irritante que faz até hoje: -Mãe, o que vai ser o almoço? Ao que eu respondi inevitavelmente: “frango assado, com batatinhas, arroz a salada”, mas claro que ele  só ouviu “frango”, já estava paralisado a olhar para a ave.
-Nem penses que eu vou comer esse frango, que me faz lembrar os que andam a pé! Foi a resposta do Duarte.

Bom, até hoje sempre que as crianças reclamam da refeição vegetariana, eu arrumo o assunto dizendo:
-Para fazermos esta refeição não foi necessário matar nenhum animal! (Silencio: Nem mais uma queixa)

Há uns tempos, num almoço em que a minha mãe estava presente, eu servi-me de arroz, legumes salteados e um pequeníssimo panado de peru. Evidente que a minha mãe notou imediatamente no tamanho diminuto do meu panado e fez reparos, ao que eu lhe retorqui que estava a reduzir o consumo da carne. Claro que ela não compreendeu, nem eu estava à espera de tal, porém, espero sim que as minhas crianças compreendam e com o tempo aprendam.

Já escrevi antes que cá em casa introduzi uma refeição semanal vegetariana; estas mudanças nos hábitos alimentares fazem-se gradualmente, sobretudo quando as pessoas não estão nada muito interessadas nestas alterações. A chave está no reduzir até suprimir, aprendendo novos sabores em detrimento de outros adquiridos. E explicando que o planeta agradece um menor consumo de carne, além dos benefícios para a saúde.

Tenha uma boa semana!
(Este texto é a minha contribuição para a campanha do "Dia sem carne", 20 de Março, a convite da Luciana, do Germinando)