segunda-feira, 12 de abril de 2010

Saber comer e refeições felizes!

Choca-me imenso que Portugal seja o segundo pais europeu com maior número de obesidade infantil. Parece-me extremamente grave, por diversas razões. E parece-me também tão facilmente solucionável!

Hábitos correctos de alimentação adquirem-se desde cedo, começando por introduzir e respeitar todas as refeições diárias: pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar.

Eu aprendi que não se sai de casa sem tomar o pequeno-almoço, e de facto, esse hábito foi de tal forma assimilado por mim que não consigo abster-me dessa 1ªrefeição; nem sequer quando me levanto às 5h da manhã, para apanhar um avião, como já aconteceu!
Por conseguinte, o hábito do pequeno-almoço, antes de sair de casa, já foi também adquirido pelos meus filhos. É sempre mais fácil ensinar quando damos o exemplo.

Outro aspecto sobre a alimentação que aprendi é que devemos proporcionar às crianças uma dieta equilibrada e variada logo que possível, para que habituem o paladar aos diversos sabores da gastronomia.

É evidente que o palato infantil parece estar naturalmente bloqueado a determinados alimentos como: tomate, brócolos, feijão, lentilhas, grão-de-bico, etc; e não adianta que a mãe tenha seguido o conselho de especialistas, defensores da teoria de que esta alimentação variada, deve começar com a criança ainda no ventre materno (eu sou a prova viva!).
Criança que é criança não gosta desses alimentos;  recordo que aconteceu comigo, mas passou. Todavia,  isso não nos deve desencorajar; devemos insistir com as crianças, para que comam um bocadinho, e o sabor vai deixando de ser tão estranho. Foi assim que a minha filha começou a gostar de alface e tem sido assim com a fruta: quantidades microscópicas, mas diárias!

Os hábitos de uma alimentação saudável podem parecer-nos uma luta constante e inglória, mas valem a pena. Outra luta que vale a pena é exactamente a oposta: contenção e supressão de fast food!

Eu não gosto, e até o odor me enjoa, mas dado que as crianças adoram apreciam, fazemos o esforço de lhes permitirmos essa extravagância ocasionalmente.

Contudo, a experiência da nutricionista americana, Joann Bruso, deixou-nos ainda mais renitentes e preocupados em relação ao Happy Meal, da McDonalds; ela fotografou um menu em 2009 e guardou-o para comprovar o poder dos conservantes. Um ano depois o hambúrguer e as batatas continuavam quase iguais, sem qualquer tipo de odor ou outros sinais de decomposição. No decurso deste período, nem moscas nem outros insectos foram atraídos pela refeição da cadeia McDonald's.

Se os micróbios não decompõem um Happy Meal, podemos imaginar o que acontece no corpo de uma criança!

Tenha uma óptima semana, com refeições realmente felizes !