quarta-feira, 30 de março de 2011

A minha vida real - Desarrumação!

Quando eu já pensava ter feito todos os memes e desafios que correm pela blogosfera, a Patrícia, passa-me este, que basicamente é mostrar a minha casa desarrumada. - Obrigadinha, minha amiga!

Regras do Desafio: 
Fotografar 5 locais em sua casa de que não se orgulhe, mas que espelhem a rotina de uma família normal que não tem sempre tudo limpo, organizado ou consertado. Não vale ajeitar as coisas: chegar e fotografar.
Passar o selo a mais 5 blogueiros e transmitir as regras.

A primeira foto é da banqueta que está no hall do rés-do-chão; fica logo ao lado da porta da garagem e da entrada, e tornou-se no "poiso" imediato para casacos, mochilas e pastas. Esta desarrumação momentânea  é de fim de dia, e logo depois do lanche as crianças levam as suas coisas para cima. Pronto, na maior parte das vezes sou eu quem leva!
Quem sobe as escadas repara imediatamente nesta pilha de caixas de sapatos, à entrada do quarto da Letícia. Está lá há dias, digo semanas, e só saem dali para se transformarem em apartamentos dos Little Pets, quando os pequenos decidem brincar às cidades em miniatura. No interior estão colados desenhos de janelas, quadros e outros acessórios que fazem a decoração. Portanto esta desarrumação não é desarrumação, são apartamentos!


Nesta parte do quarto da Letícia os brinquedos estão sempre assim; quer dizer, uma vez por semana, eu arrumo e tiro daqui algumas coisas, que levo para o anexo do jardim, mas ela volta a traze-las. Segundo a minha filha, isto não é desarrumação; são brinquedos! Segundo o pai, aquilo que obstruí o acesso aos armários são brinquedos a mais!

Este é o meu cesto de especiarias; começou por estar organizado e bonitinho, mas actualmente está  a  abarrotar, porque vou comprando cada vez mais condimentos. Estou sempre a pensar em organizá-lo, substituindo-o por uma prateleira suspensa de inox, porém continuo a pensar que fica mais bonito assim!

Isto é o anexo do jardim! Os brinquedos deveriam estar dentro de caixas, e dentro dos armários, mas passam muito mais tempo cá fora, espalhados e a ocupar o chão, de forma que quando lá entramos parecemos bailarinas, em bicos de pé para não pisar nada. Eu arrumo....mas adianta? Parece que é quando se torna mais convidativo para tirar tudo cá para foram novamente, e redescobrir o que as caixas têm!

Enquanto pensava e procurava o que fotografar, apercebi-me que afinal a minha casa até está arrumada, tem é alguma desarrumação momentânea! Que canudo, que casa não tem ?!

Este é o selo, e sinceramente não sei quem nomear porque muitos já responderam ao desafio, portanto quem desejar aderir - be my guest! Depois avisem, que quero ver!

Até breve!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Eu venero o sol, o vento, o ar, e a água

 (Imagem)
Foi há muitos anos, não  recordo quantos exactamente, mas lembro-me nitidamente da impressão que a visão das centrais nucleares me causaram, ao viajar através de França. E a impressão foi negativa, foi de medo e de desconfiança.

Quando há alguns anos atrás, uma personagem da política nacional se lembrou de construir uma central nuclear em Portugal, eu voltei a sentir o mesmo receio e apreensão. Felizmente a opinião pública não recebeu nada bem o projecto, e este não passou disso mesmo. Deo gratias!

Ao longo dos anos, tenho lido, esporadicamente, sobre a população de Chernobyl; sobre a terra que ficou contaminada, sobre as pessoas que morreram e sobre as crianças que nasceram, doentes e deformadas. A vida continua para muitas dessas vítimas, porém após o desastre, é uma vida de luta pela sobrevivência. E parece-me que o mundo se esqueceu disso; felizmente nem todos os países, como Cuba, por exemplo, que apesar do embargo, apesar da severidade do estilo de vida, ainda possui uma parcela para a solidariedade, recebendo centenas de crianças em hospitais à beira-mar, onde estas fazem curas e tratamentos, durante meses e mesmo anos, longe das suas famílias, sem qualquer custo para estas. 

Obviamente a evolução da raça humana se deve a investigações, estudos e experiências, das quais muitas envolvem enormes riscos; contudo, parece-me que os sucessos nos cegaram impulsionando-nos a maiores riscos, para maiores resultados, dando-nos a pretensão de que podemos dominar aquilo que criamos.

Infelizmente, isso não acontece. Existem imponderáveis, como um sismo por exemplo. E então chegamos à conclusão de que estamos a brincar com o fogo. Que lidamos com forças e conhecimentos mais poderosos do que inicialmente julgamos.  E que não sabemos ao certo como lidar, como resolver, como solucionar os problemas que surgem. E por isso, uma nação inteira treme e ora de medo, e o resto do mundo ajuda como pode, com tecnologia e oração também.

E nessa pausa de expectativa, a China, a França e Alemanha suspendem projectos nucleares. Outros países revêem as suas politicas de gestão e manutenção das centrais nucleares. E nós deixamos a nossa respiração em suspenso.

Se já antes eu achava que deveríamos aproveitar os recursos da natureza para produzirmos energia, aproveitando o sol - através dos painéis solares, aproveitando o calor do solo- geotérmica, aproveitando o vento- turbinas eólicas, e através das ondas do mar, hoje estou ainda mais convicta de que esse é o caminho.

Talvez um dia as casas do futuro sejam totalmente independentes, utilizando a energia que a natureza lhes fornece. E a industria, também. E os países igualmente. Esse é verdadeiramente o tipo de ficção científica que me interessa - que a evolução da raça humana, nos proporcione um planeta seguro, e limpo.

Mais do que venerar a tecnologia, eu venero o sol, o vento, o ar, e a água.

Tenha uma óptima semana!

Este post é dedicado à Rose, uma leitora querida, que vive no Japão.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Receita para fim de semana: Tarte de Maçã

Não tenho bolo preferido porque há imensos bolos e tartes que adoro, e vou repetindo conforme a estação, e o apetite, mas confesso que tenho um fraquinho por bolos e tartes de maçãs. Tenho a impressão  de que poderemos passar uma vida inteira a comer bolo e tarte de maçã, variando a receita. 
Andava há imenso tempo à procura desta tarte, que comi há largos anos, e me ficou na memória do palato; e não me desapontou! 

" Tarte de Maçã
Receita adaptada do livro The Hummingbird Bakery Cookbook

Massa :260g farinha
1 colher de sopa de açúcar
1 pitadinha de sal
105g de manteiga magra
água gelada qb.

Recheio:50g de manteiga
½ colher de chá de canela
1.1 kg de maçãs vermelhas
120g de açúcar

1 ovo
1 colher de sopa de leite
açúcar e canela qb

Preparação:
Massa:

Numa taça juntar a farinha o açúcar e o sal. Juntar a manteiga e amassar bem. Adicionar a água gelada à massa até obter uma massa homogénea e maleável que não se pega aos dedos. Amassar novamente. Envolver a massa em película aderente e deixar repousar durante 1 hora.

Recheio:Descascar as maçãs, retirar o caroço e corta-las aos cubinhos.

Num tachinho colocar a manteiga e a canela e levar ao lume. Quando a manteiga ficar totalmente derretida, adicionar as maçãs e envolver bem. Posteriormente adicionar o açúcar e envolver novamente. Deixar as maçãs cozinhar até ficarem cozidas mas sem ficarem totalmente desfeitas.

Retirar do lume e deixar arrefecer completamente.

Montagem:
Pre-aquecer o forno a 190ºC. Untar uma tarteira de fundo amovível com manteiga.

Retirar a película aderente da massa.

Numa superfície enfarinhada* estender 2/3 da massa, até obter uma massa fininha que dê para forrar o fundo e as paredes da tarteira. Colocar a massa na forma previamente preparada.

Espalhar o recheio de maçã sobre a base e alisar a superfície. Com uma faca cortar o excesso da massa (o bordo da tarte deve ficar com a mesma a altura que o recheio).

Estender a massa restante e cortar tiras com cerca de 2 cm de largura. Dispor as tiras sobre a tarte. Cortar o excesso de massa das tiras e pressionar levemente as suas extremidades.

Bater ligeiramente o ovo com o leite e pincelar as tiras.
Polvilhar a tarte com açúcar e canela.
Levar ao forno até estar cozinhado. (No livro indica 30 a 40 minutos)

Servir morno polvilhado com açúcar em pó ou acompanhado com uma bola de gelado."

Mais uma receita do Baunilha e Caramelo, que recomendo vivamente.

Tenha um doce fim de semana!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Abecedário Engraçado

 (Imagem)
Não sei como funciona com outras professoras, mas as dos meus filhos permitem que os alunos levem livros e cadernos para as aulas, e os utilizem, quando já terminaram as tarefas. Por " livros" refiro livros não-escolares, e cadernos, pessoais.
Acho uma óptima ideia, pois se algumas crianças são mais rápidas nos seus deveres,  em vez de se impacientarem com o atraso dos colegas, ou simplesmente começarem a falar, perturbando quem ainda trabalha, porque não se ocuparem com algo instrutivo como a leitura, ou lúdico, como o desenho?

Estes dias, a Letícia leu-me o Abecedário Engraçado,  que escreveu durante um desses intervalos, dentro da sala de aula. Achei tão...engraçado e bonito,  que lhe prometi publicá-lo aqui.
Isto é literatura infantil, meus senhores...!


Abecedário Engraçado

A- de Alice, que fez uma grande tolice
B- de Bruno, que gosta de jogar ao Uno
C- de Camila, que tem uma chinchila
D- de Diogo que é um grande maroto
E- de Eduarda que não gosta de feijoada
F - de Filipa que é uma metediça
G- de Gonçalo que fez um galo
H - de Hugo que é mudo
I - de Inês que fala chinês
J - de José que tem um dedo a mais no pé
L- de Leonor que cheira bem como uma flor
M - de Maria que tem um gato que não mia
N - de Noémia que tem de fazer uma vénia
O - de Otavio que é um sábio
P- de Paula que gosta da sua sala
Q - de Queirós que foi à loja comprar uma noz
R - de Rafael que põe a cara num pastel
S - de Simone que disse: tenho fome!
T - de Tomás que leva uma estalada na cara - Prás!
U - de Uva que está à chuva
V- de Vasco que vai ao mato
X - de Xavier que come com a colher
Z - de Zé que gosta de comer puré.
                                                                                                                             (Letícia, 8 anos)


E tanto papel gasto, pinturas nas paredes e rabiscos nas pernas e mãos, tem rendido frutos!


Até breve!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Eu penso assim, e você "assado"; depois?

 (Imagem)
Depois nada: Pelo menos, no que me diz respeito.

animais que não vêm as cores todas que nós, humanos, vemos; por exemplo os gatos e os cães, são daltónicos, vendo por isso menos cores do que nós.  Dá pena, não dá? Só podemos lamentar que estes bichinhos não consigam ver o mundo tão bonito como nós o vemos.

No entanto, alguns pesquisadores supõem que uma determinada espécie de peixes do Pacífico consegue ver uma cor, que nós próprios não conhecemos. É uma pena, não é? Que ainda existam cores que não consigamos ver. Só podemos lamentar...Ou vamos ficar zangados com os peixes porque eles conseguem ver uma cor que nós não conseguimos? Vamos ficar aborrecidos com os gatos e virar-lhes a cara ao lado, porque não vêem as cores que nós vemos?! Não, pois não?

E porque estou eu a falar de gatos e peixes? Foi desta metáfora que me recordei quando há dias, pensava na intolerância que algumas pessoas sentem ao ouvir, ou ler, opiniões contrárias às suas. Claro que é agradável que outros concordem connosco, isso dá-nos uma espécie de "certificado de verdade", contudo, nem sempre acontece, e quando alguém discorda de nós e nos apresenta uma opinião fundamentada e feita com educação, o que podemos fazer?
Duas coisas: ou ficamos convencidos, e aquela opinião faz mudar a nossa, ou ouvimos, aceitamos como opinião do outro e continuamos a discordar.

Não será legítimo discordar?  Porque temos todos que pensar da mesma forma? O mundo, e a convivência humana seriam terrivelmente  aborrecidos se a concordância fosse geral. A diversidade dos diferentes pontos de vista oferece-nos uma visão que não é a nossa, e isso faz-nos bem, massaja o cérebro, faz o coração trabalhar mais depressa, a adrenalina correr... faz-nos sentir vivos!

Por várias vezes na blogosfera fui confrontada com situações com as quais não concordo e, educadamente, dou a minha opinião. Não estou à espera que os outros mudem as suas opiniões, apenas expresso a minha; todavia, já houve quem quisesse à viva força fazer-me pensar de outra forma; como mantive a minha opinião, não gostaram.
Vamos supor que eu fosse racista, preconceituosa, ou fascista,  num determinado texto; que direito tem quem me lê, de me vir aqui acusar, e dizer-me para pensar antes de escrever? Opinião simpática, ou positiva ou negativa e antipática, todos temos direito a te-la, e quem vem insultar ou exigir mudança de opinião é tão intolerante como quem emite uma opinião mais extremada.

Porque então, ouvir uma opinião contrária à nossa nos aborrece tanto? Porque isso nos põe em causa; retira-nos o tal "certificado da verdade", colocando o nosso pensamento em xeque.
No entanto, quando estamos francamente convictos do que pensamos, a opinião contrária à nossa não consegue desestabilizar-nos dessa forma. E podemos perfeitamente conviver com gatos e peixes!

Vamos concordar que podemos discordar?!

Tenha uma óptima semana!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Reutilizar caixas de cereais - Saco para presente

Ainda há pouco tempo falamos aqui nas coisas que reutilizamos, lembram-se? Recorde, aqui.  No entanto, das mais de vinte sugestões, esta não fazia parte: reutilizar uma caixa de cereais,  fazendo um saco para presentes!

Material:
Uma caixa de cereais ( ignore a publicidade, s.f.f.)
Cola
Tintas ( aguarelas)
Fita de seda

Como fazer:
Descole a caixa cuidadosamente, pelos sítios colados; vire do avesso e volte a colar pelos mesmos sítios. Pinte o interior da caixa -agora novo exterior- da cor que preferir, neste caso optamos pelo branco. Deixe secar.


Deixar fluir a imaginação e pintar de todos os lados; eu e a Letícia fizemos a meias. Não preciso dizer qual a parte dela, pois não? Pronto, é a mais bonita!

ABRE PARÊNTESIS: Sabe uma ideia gira, para fazer para o dia do Pai? Pintar a caixa toda de branco, e utilizar as mãos dos filhotes, como carimbos coloridos! Com as mãos dos mais pequeninos deve ficar o máximo!FECHA PARÊNTESIS

Fazer dois furinhos em cima, de cada lado, para colocar a fita de seda. No nosso caso, reutilizamos também a fita, que tinha guardado de um arranjo de flores. Lá diz o ditado: Guarda o que não presta, que terás o que é preciso!

Fazer a alças do saco, dando um nó, no interior. Et Voilá!

A Letícia levou com um presente, para a festa de aniversário de uma amiguinha, e a mãe, que é educadora, ficou entusiasmadíssima com esta reutilização, e imediatamente "confiscou" o saco em questão para mostrar à classe dela. 

Contudo, o crédito pertence à Creative Jewish Mom, que tem imensas ideias giras, de reutilização e não só.

Tenha um bom fim de semana, e feliz dia do Pai!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Quem pergunta quer saber - Trabalhar em quê?

Algumas mães que optam, ou pretendem optar pela maternidade a tempo inteiro, desejam no entanto, ou precisam, de desenvolver alguma actividade que lhes permita auferir um rendimento financeiro.

Compreendendo totalmente este desejo, ou necessidade, pois um segundo vencimento é frequentemente necessário ao agregado familiar, gostaria de relembrar que ser mãe a tempo inteiro, é por si só,  um trabalho em que se ganha dinheiro; como? O dinheiro que se economiza, em Creche, Infantário, transportes, almoços e lanches, etc,  representa uma soma considerável, que não saí da conta bancária da família. Dinheiro que não saí, também é ganho!
Posto isto, passo ao email, da Ana:

"Boa tarde

Desde já peço desculpa por estar a enviar este email, mas achei muito interessante o seu blog que conheci através de um programa de televisão. Sou Mãe de um bebé de 4 meses e neste momento encontro-me desempregada, o que me permite felizmente  estar com o meu filho a tempo inteiro, que é o melhor desta vida. No entanto mais dia menos dia terei que trabalhar, o que me deixa muito assustada, não propriamente trabalhar, mas ter que me afastar dele, daí estar a enviar este email, para obter, se possível, uma ajudinha de como poderei ser mãe a tempo inteiro, ter o meu próprio negocio, seria a solução,mas não é fácil.

Caso tenha alguma dica que me possa dar, uma vez que decidiu ser Mãe a tempo inteiro.

Muito obrigado

Ana..."


Olá Ana,
Obrigada pelo seu email, e pelas gentis palavras.

Compreendo perfeitamente a sua preocupação, e sou totalmente solidária com os seus anseios; qualquer mãe deveria poder escolher ficar com os filhos. Infelizmente essa não é a regra, por variadíssimos motivos, no entanto creio que é possível,  se de facto é algo que desejamos profundamente.
Desconhecendo as suas habilitações literárias e experiência profissional, sugiro que  a Ana se aconselhe no Centro de Segurança Social, da sua área, para a possibilidade de criação do seu próprio emprego. Poderá conseguir um apoio financeiro e orientação, para tal.

Dependendo daquilo que sabe fazer pessoalmente, bolos, tricô, costura, poderá ainda trabalhar em casa; pode promover os seus trabalhos junto de familiares e amigos, que farão a publicidade "boca-a-boca", e poderá criar um suporte de divulgação na net, a custo zero, como um blogue, por exemplo.
Actualmente os trabalhos caseiros, e manuais, estão muito na moda, e esta pode ser uma via interessante.  

Como não a conheço estou a fazer sugestões em várias direcções, e desejo que alguma lhe possa realmente ser útil. Se necessitar de blogues para fonte de inspiração, diga-me que tenho montes deles nos meus favoritos, e poderá ver exemplos de algumas blogueiras que se tornaram empresárias "online".

De qualquer forma, espero que consiga conciliar a maternidade a tempo inteiro, com uma profissão que a satisfaça. Entretanto, aproveite bem o tempo com o seu bebé, desfrute de todos os momentos porque o tempo é terrivelmente fugaz!
Muitas felicidades."

Como já vai sendo hábito, conto consigo, cara leitora, para partilhar mais ideias de forma a ajudarmos a Ana, e outras mães que possam estar na mesma situação. 

Até breve!

Nota: Posteriormente tomei conhecimento de que a Ana já está ligada ao artesanato, e possui inclusivamente um blogue onde  divulga os seus trabalhos: As mãos emanam imaginação.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Isto são desenhos animados, Charlie Brown!


Durante imenso tempo ouvia muitos pais, e adultos em geral, comentarem que os actuais desenhos animados são muito violentos; normalmente eu contrariava, pois cá em casa as crianças tinham apenas a RTP2 como referência, e desde  pequeninos que viam desenhos na minha companhia, portanto eu via e gostava do que víamos.

Claro que chegou uma altura, em que os meus filhos se cansaram do Noddy e do Ruca, por serem muito repetitivos e também porque à medida que cresciam,  iam deixando de ser o público alvo daquelas séries; no entanto, outros  que os interessavam os substituíam, e eu continuava a acompanhar essa evolução e, até a verificar um diferenciamento de gostos entre o Duarte e a Letícia. Tudo absolutamente normal.

No computo geral, sempre achei  a RTP2 um canal de qualidade para os meus filhos, sendo que até para mim foi durante anos a estação televisiva preferida. Até há cerca de 4 meses, quando passamos a usufruir de mais de 40 canais e as crianças tiveram acesso a canais temáticos, sendo obviamente aqueles de desenhos animados, os seus preferidos. E eu passei a ver também alguns, quando por exemplo, lanchamos juntos; e compreendi de onde vem esta actual e comum noção de que os desenhos animados actuais são violentos.

Compreendi e concordo; na grande maioria, de fraca qualidade, tanto em animação ( imagens paradas com vozes off, ou excessivamente movimentadas), como  nas histórias que contam, ou deveria antes dizer na não-história?  Personagens estranhíssimas, que se afastam dos arquétipos humanos, para se tornarem robotizadas, ou resultados de seres fabricados em laboratório. Personagens iradas, que falam aos gritos, violentas, que espancam, e que não dizem nada de valor.

Um dia destes  mudei por casualidade para a RTP2* e estava a passar um episódio do Snoopy, daqueles desenhos animados da minha infância, uma personagem de quem  aliás, gosto até hoje; e disse aos meus filhos isso mesmo. Ficamos todos juntos a assistir, e que diferença!

Um ritmo  absolutamente tranquilo, com personagens a falarem calmamente, e mais: a terem diálogos engraçados e inteligentes! Toda a semana, assistimos ao Snoopy, cada episódio dedicado a um tema diferente, como o cancro ( quando uma menina da escola adoece), aos grandes inventores do séc.XX. e os meus filhos gostaram.

Isto sim, são desenhos animados, cumprem a sua função sendo lúdicos e pedagógicos, para ajudarem as crianças a assimilarem valores e cultura, entre gargalhadas.

É óptimo termos oportunidade de escolha, e mais uma vez, podermos orientar os nossos filhos demonstrando-lhes as diferenças entre uns e outros; mas para isso, temos que ver desenhos animados, não é?!

Tenha uma óptima semana!

* Snoopy e Charlie Brown, passa no  Zig  Zag do Canal 2, durante a semana, pelas 20:30.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Receita de fim de semana: Torta de Cenoura

Levanta o braço quem não consegue enrolar uma torta sem a desfazer! Braços no ar? Pois eu também faria parte desse grupo, se esta torta não tivesse resgatado a minha fé. Portanto, se eu consigo, após tantas e variadas tentativas, você também consegue, vá por mim. 

É deliciosa, muito húmida e fácil de fazer; que mais se poderá pedir? Ah, ingredientes. Nada rebuscado.
 
" Torta de cenoura

Ingredientes: 
600gr de cenoura, 1 pau de canela, 300 gr de açúcar, 4 ovos, 4 colheres de sopa de farinha, 1 colher de chá de fermento em pó, sumo e raspa de 1/2 laranja, canela em pó para polvilhar.

Como fazer:  
Cozer as cenouras com o pau de canela e reduzi-las a puré (retirar o pau de canela antes). Juntar o açúcar, a raspa e o sumo da laranja, os ovos inteiros e bater bem. Envolver a farinha com o fermento e juntar ao preparado. Misturar bem. Deitar o preparado num tabuleiro forrado com papel vegetal e untado com margarina. Cozer em forno pré-aquecido a 170º, durante cerca de 20 minutos.
Desenformar a torta ainda quente sobre um pano polvilhado com bastante açúcar. Retirar o papel vegetal, polvilhar com a canela em pó e enrolar delicadamente com a ajuda do pano.

Receita retirada do Figo Lampo. 
 
Tenha um doce fim de semana!

quarta-feira, 9 de março de 2011

- Desculpas a mãe, Amorzinho?

 ( Imagem )
Sermos falíveis é inerente à nossa condição de seres humanos; falhamos em todos os aspectos da nossa vida, nas nossas relações de trabalho e pessoais. Porque não falharíamos como pais? Não queremos, mas acontece, é mesmo inevitável, porque não sabemos tudo. Não há curso para ser mãe/pai, não há manual incontestado para seguir. Estamos obrigados a  percorrer um caminho desconhecido que nós próprios temos que fazer.

E nessa tentativa de trilhar um caminho só nosso, vamos encontrando inúmeros percalços. Fazemos avaliações erróneas, agimos irreflectidamente, repetimos modelos incorrectos, decidindo frequentemente em cima do acontecimento. E erramos muito.
E como isso nos deixa tristes e zangados! Impotentes, perante nós mesmos, pois erro após erro é a prova de que nos custa aprender, e de que não somos...perfeitos!

Não há pais perfeitos. Assim como não há filhos perfeitos; nós  e eles vamos tentando conciliar as nossas personalidades, emoções e comportamentos, sempre na tentativa de alcançar um compromisso feliz.

Recentemente, perante uma situação  em que o meu filho se poderia ter magoado gravemente, eu gritei com ele, e com a irmã, que por acaso nem estava a brincar daquela forma, num impulso irreflectido. O medo também nos leva ao erro; e soube logo que a minha reacção foi causada por aquele sentimento aterrador.  Respirei fundo, para me acalmar, e soube de imediato o que tinha que fazer. Pedir desculpas aos meus filhos.

Falei com eles, com a mesma sinceridade com que falo para mim mesma, e que falo aqui. Eu amo tanto os meus filhos, que o medo de que algo lhes aconteça me pode levar a ser injusta e a cometer erros. Só me restava explicar isto mesmo, e pedir desculpas, explicando, pela centésima vez que a mãe também erra, também é injusta. Sou humana, como todos!

Acredito que pedir desculpa não me diminuí perante os meus filhos; pelo contrário, ensino-os a respeitar-me pela minha sinceridade e falibilidade. Ensino-os a reconhecer o erro, e a dignidade no acto de  pedir desculpas.Para que eles também o possam fazer, sem sentirem constrangimentos nem orgulho.

E você, caro leitor, é do tipo que pede desculpas, ou só exige desculpas?

Até breve!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Anúncio: "Sementes de Glicínia procuram lar"


O meu sonho era ter uma buganvília; que ela crescesse encostada às paredes brancas do anexo do jardim, exibindo o contraste rosa fucsia das flores, numa reminiscência das casas algarvias.
Durante vários anos tentei reproduzir o meu sonho, sem sucesso.  Invariavelmente a geada do Inverno queimava as buganvílias, mesmo debaixo de protecções plásticas.

Até que um dia, há cerca de 4 anos atrás, comprei no Horto um pé de glicínia roxa, para as crianças oferecerem ao pai, a 19 de Março. Fizemos um caramanchão de madeira no jardim, e a glicínia imediatamente sentiu que tinha encontrado a sua casa, crescendo em direcção ao topo, agarrando-se às vigas de madeira com os seus frageis braços, exibindo  verdes folhas, perfeitamente recortadas.


Colocamos a mesa do café por baixo do caramanchão e esperamos. Na primavera passada (ao 3º ano), a glicínia ofereceu-nos as suas primeiras flores, e o nosso café passou a ser ainda mais aromático.
Não consigo descrever toda a alegria, sombra e beleza que esta  glicínia nos tem proporcionado; há dois anos atrás, ficou coberta de pulgões e eu inquietei-me por não saber como a limpar sem utilizar químicos. Para nosso grande espanto, de um dia para o outro a trepadeira ficou coberta de joaninhas ( eu adoro este insecto da minha infância, que se tem tornado raro), que durante semanas limparam afincadamente a glicinia destes parasitas. Pela primeira vez, vimos três tipos de joaninhas: pretas com bolinhas vermelhas, vermelhas com bolinhas pretas e  amarelas com bolinhas pretas.
No ano passado foram as abelhas; vindas não se sabe de onde, fizeram da nossa trepadeira armazém de material de construção, durante todo o verão. Foi emocionante, vê-las a recortarem pedaços de folha, maiores do que elas próprias e transportá-los via aérea, para as suas colmeias.


À medida que as flores caiam, foram surgindo algumas favas, que permaneceram estoicamente agarradas aos ramos, durante todo o Inverno, enfrentando chuvas torrenciais, ventos agrestes, geada e temperaturas baixas.
Até esta semana. Subitamente, seguindo provavelmente algum calendário natural , sem aviso prévio nem sinal de mudança, as favas começaram a cair, abrindo-se ao meio, e soltando as sementes.


Sinal mais explícito do que este não poderia a glicínia falar; as sementes procuram a terra, para se enterrarem, dormirem durante algum tempo, e um belo dia brotar em direcção à luz do sol, crescer, dar folhas e flores. Enfim, cumprir a sua missão.
Estas sementes procuram um lar. Tudo o que elas pedem:
1º Espaço para crescer,  um vaso numa varanda não será suficiente.
2º Um jardineiro paciente, porque o processo demorará algum tempo.
3º Alguém que adore o jardim, que não se esqueça de regar!

E como só tenho quatro "conjuntos" de sementes, terei muito gosto em enviá-los aos primeiros quatro candidatos a comentar.

Tenha uma óptima semana!
Adenda:  Para além das joaninhas, há outra forma natural de acabar com as colónias de pulgões; veja aqui.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Receita para fim de semana - Bolo de Cenoura com Especiarias

Um magnífico bolo, de sabor intenso mas equilibrado, fácil e rápido de fazer; aconselho muito. Retirei a receita do Tertúlia de Sabores, um blogue a guardar nos favoritos.

" Bolo de Cenoura com Especiarias
Ingredientes:
  • 150 g de manteiga
  • 225 g de açúcar amarelo
  • 3 ovos
  • 225 g cenouras raladas (3 a 4 cenouras consoante o tamanho. - Eu cozia-as e depois ralei)
  • 175 g de farinha
  • 50 g de maisena
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • 150 g de frutos secos triturados (usei amêndoas, nozes e avelãs)
  • 1 pitada de sal
  • 1/2 colher de café de canela
  • 1 pitada de cravinho
  • 1 pitada de noz moscada
Preparação:
Bater o açúcar com a manteiga amolecida até obter um creme macio, juntar os ovos um a um, só juntando o seguinte quando o anterior estiver completamente incorporado na massa.
Adicionar as cenouras raladas, os frutos secos e as farinhas misturadas com as especiarias, o sal e o fermento em pó.
Vai ao forno quente em forma untada e enfarinhada. 
Deixe arrefecer completamente e sirva com molho de quark ou crême fraiche.
Molho de Quark
Misturar 200 g de quark com 100 g de açúcar em pó e servir a acompanhar o bolo."

Eu fiz chantilly, como nem todos gostam, acompanhou à parte.

Bom fim de semana!

quarta-feira, 2 de março de 2011

As coisas que eu reutilizo

Custa-me imenso entender porque ainda há pessoas que apesar de terem os contentores de separação do lixo próximo de casa, apesar de serem pessoas jovens, com formação, não fazem a separação do lixo! Que querem que vos faça?! Não compreendo!
Há dias, passei por uma senhora octogenária, carregada de sacos, com o lixo separado, para o colocar nos contentores a 30 mt de casa; comentou comigo que tinham posto os contentores mais longe, mas que não fazia mal, aproveitava para caminhar que lhe fazia bem! Isto sim, é um exemplo inspirador.

Há tantas coisas que podemos fazer em prol do meio ambiente; a reutilização é uma delas. Eis algumas das minhas ideias:

Sacos plásticos transparentes da fruta e legumes; guardo, enroladas na despensa e todas as vezes que vou ao mercado levo comigo e reutilizo. Enquanto não se rasgarem reutilizo. Se alguém olha para mim e me vê a tirar do saco das compras ( que também levo!), fico embaraçada?! Nem sequer reparo; quando agimos com naturalidade, tudo é natural!
Envelopes almofadados; quando recebo, guardo e quando preciso de utilizar algum, colo uma folha ( igualmente reutilizada), na parte da frente, onde escrevo o nome do destinatário e remetente. Reutilização e economia!

Frascos da Nutella, compota, e manteiga de amendoim, guardo e reutilizo para as compotas que faço, para guardar frutos secos, e cereais como sementes de funcho, de sésamo, etc. Acho bonito ter frascos variados, tanto na cozinha como na despensa. Dá um aspecto mais country!

Frascos de vidro de iogurte, dão óptimas lanternas; basta um laço colorido, uma flor, e são os detalhes das janelas, das mesas, enfim, de onde os queiramos colocar.

Parece-me que já há casas onde tudo utilizado na decoração é reciclado e reutilizado, vi certa vez numa revista, que pena não ter guardado as imagens, para partilhar!

Quer partilhar alguma dica de reutilização? São bem-vindas!

Até breve!

UPDATE:
Contribuições das leitoras, para reutilização de mais de 20 itens:
1.Caixas de sapatos
2.Água
3.Óleo de cozinha
4.Chávenas quebradas
5. Caixas de ovos
6.Pacotes de leite
7.Caixas de bolachas-metal e plástico
8. Frascos
9.Caixas de cereais
10.Papel
11.T-shirts velhas
12.Pensinhos diários
13.Garrafas de molho de tomate e whisky
14.Caixinhas de comida
15.Latas de conserva
16.Caixas de bonbons
17. Reutilização de roupas- segunda mão
17.Esponjas velhas

E muito mais! Entre nos comentários e siga os links!
Muito grata a todas, pela partilha :)