quarta-feira, 18 de maio de 2011

Amigos de aluguer

(Bons amigos são difíceis de encontrar, mais difíceis de deixar, e impossíveis de esquecer)
(Link)
Estes dias, ao folhear uma revista feminina, fiquei a saber que existem sites que oferecem amigos; por uma hora, ou três, ou até uma tarde, quem necessitar de amigos para ir ao teatro, lanchar, ou fazer compras pode alugar um.

Fiquei a pensar que tipo de pessoa necessita de alugar um amigo; talvez alguém com problemas de socialização. Talvez alguém com a ideia de que amigos podem ser comprados. Talvez alguém que tem 500 amigos no Facebook?!

Sem dúvida que o conceito de amizade tem sofrido alterações, graças às novas tecnologias; o conceito de amizade já não inclui presença física, nem toque, nem olhos nos olhos. Mesmo na blogosfera amizades nascem e, ou, morrem entre pessoas que nunca se viram. Os laços estabelecem-se mais rapidamente, todavia desfazem-se muito mais facilmente.

Não pensem que sou cética a ponto de não acreditar em amizades virtuais; eu sou do tempo em que a correspondência era um passatempo que começava na adolescência. Por conseguinte sei que as amizades podem ser construídas à distância. E podem ser verdadeiras, e duradouras. Contudo também penso que são muito raras, porque, tal como no amor, para que a amizade exista duas pessoas têm que querer.

Não acredito em relações unilaterais, seja no amor, seja na amizade; não sou uma alma evoluída tipo Madre Teresa, com todo o respeito e admiração que me merece, para estar numa relação em que dou, dou, dou! 
Também não estou no outro extremo, em que dou cinquenta esperando receber outros cinquenta, ou mesmo cem, não preciso, e não faço, essas matemáticas; mas esse tipo de relacionamento unilateral parece-me parasitário, e acho mais justo o simbiótico. 

Eu avisei…não sou uma alma evoluída, a esse ponto. E acho que precisarei de mais vidas para aceitar ficar nessa posição conscientemente.
Amizade para mim é bilateral. 

Até breve!