terça-feira, 28 de junho de 2011

Memórias

Desde que li este post da Christine Chitnis, no qual ela lamenta a sua má memória, e que a entristece imenso ir perdendo as suas memórias de infância, tenho pensado nas minhas próprias memórias. Não me parece que as tenha perdido, só gostaria que fossem mais numerosas.  Mas enfim, se isto é o que tenho, mais vale listá-las, de forma a não as perder.

Até aos sete anos:
- Eu a entrar no quarto do meu avô paterno, estando ele de cama, após a trombose. É a minha memória mais antiga, deveria ter uns 4-5 anos, e única lembrança desse meu avô.
- Eu a andar pendurada na cadeira de rodas da minha avó paterna, enquanto o meu pai a empurra. Teria uns 6 anos.
- Eu sentada numa cadeira na sala da praia, enquanto passava férias com os meus tios e primos; tinha engolido uma chiclete e acreditava morrer. Fiquei ali quieta e silenciosa, à espera da "morte".
- Eu a "cozinhar" folhinhas de um arbusto, em casa dos avós paternos, fingindo serem peixes.
- Eu a ir espreitar a avó ao quarto, a mando da minha mãe, que preparava o jantar, e a voltar, dizendo que estava a dormir. Afinal tinha acabado de falecer.
- O quarto da avó, onde ela estava depositada, decorado a roxo com bordados dourados e imagens de santos. Não me impressionou, nem fiquei traumatizada. Lembro-me de um grande entrar e sair de pessoas, e de uma criança mais pequena do que eu, ter voltado para trás, com os irmãos(?) à procura de um sapato que terá perdido. Não sei se encontrou.
- Eu a andar na lambreta do meu pai, sentada  no suporte dos pés. Porque não iria eu sentada no segundo banco, se ele existia?! Eu adorava ir ali, e a viagem do escritório para casa era pequeníssima. 
- O cheiro doce e suave de maçãs, na casa dos meus bisavós paternos, logo que se entrava na grande sala que era o hall; ao lado existia uma pequena divisão com prateleiras, onde as maçãs estavam acamadas, prontas a serem consumidas, nos meses seguintes. 
- Eu a jantar na casa de uns vizinhos, que não tinham filhos, numa mesa minúscula, com uma luz soturna, arroz seco- melado! Adorava que me convidassem.
- Eu a cair ao lago, na quinta dos meus bisavós, acidentalmente empurrada por um primo, enquanto tentávamos apanhar os patos; a imagem da água esverdeada, que vi e engoli, continua vivíssima! 
- Eu, ao lado de um grande caixote em madeira, onde seria colocada a encomenda de cutelarias, para ser enviada para as "colónias", e um cutileiro a dizer-me que me iria pôr lá dentro, e enviar-me para Angola. Era a brincar, mas tive pesadelos durante meses. 

Tenho ainda um par de lembranças que guardarei só para mim. O mais triste destas lembranças é serem de pessoas queridas que já não se encontram entre nós. O mais alegre destas memórias, foi te-las vivido! E sinto-me tão grata por isso.

Tenha uma ótima semana!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Passeio pelo Mosteiro de S.Martinho de Tibães

Fica somente a 6 kms de Braga, mas aconselho uso de GPS. A sinalização a partir de Braga é péssima, coisa que não se compreende, dada a importância deste monumento. Porque apesar da aventura que é encontrar o Mosteiro, vale muito a pena!

Um pouco de história: Antiga casa-mãe da congregação portuguesa beneditina, foi fundado no século X, tornando-se graças ao apoio real no mais próspero e poderoso mosteiro do norte de Portugal.
“Com o Movimento da Reforma e o fim da crise religiosa dos séculos XIV a XVI, o Mosteiro de S. Martinho de Tibães assiste à fundação da Congregação de S. Bento de Portugal e do Brasil, torna-se Casa Mãe de todos os mosteiros beneditinos e centro difusor de culturas e estéticas. A importância do Mosteiro de Tibães mede-se, também, pelo papel que desempenhou como autêntico "estaleiro-escola"…”
“Com a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1833-1834, é encerrado e os seus bens, móveis e imóveis, começados a vender em hasta pública…”
Foi adquirido pelo Estado Português em 1986, e tem estado desde então em renovação.

Esta é a sua história sumária; na minha versão, nota-se que foi um Mosteiro muito rico, de enormes dimensões, que teve uma importância vital para as populações circundantes, que aliás pertenciam ao couto do Mosteiro, e lhe pagavam os impostos.
Gostei sobretudo do coro alto, pela visibilidade que fornece sobre a igreja, pelo enorme  suporte onde estão grandes livros de cânticos manuscritos. Também gostei imenso dos claustros, não sei porquê, mas tenho um fraquinho por claustros.
A galeria de quadros, dos ilustres que contaram na história do mosteiro é impressionante; também lá consta D.Sebastião.
As crianças gostaram sobretudo das celas dos monges, algumas ficavam numa espécie de forrinhos, com portas minúsculas,  indiciando passagens secretas. A algumas tínhamos acesso por escadas em caracol com degraus mínimos, ao que subi-los era por si só uma aventura perigosa. Também gostaram das latrinas colectivas em madeira, adornadas com pintura e talha, que acharam... “excêntricas”.

Dado que o restauro ainda está em andamento, a minha preocupação com a firmeza da madeira dos soalhos nos quartos impediu as crianças de percorrerem o espaço livremente, mas ainda assim gostaram imenso.
Como tinha chovido e estava a anoitecer não podemos aproveitar o passeio pelos jardins, o que nos dá um motivo para lá voltarmos.

Actualmente o Mosteiro tem restaurante, bem conceituado pelo que ouvi, embora não possa confirmar. Ainda. No entanto, aconselho vivamente o passeio por este Mosteiro antiquíssimo e misterioso, para dias de sol, ou chuva, fins-de-semana e férias. Não nos faltam opções!

Tenha um ótimo fim-de-semana!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Antes e depois das escadas

É uma coisa que adoro, ver o antes e depois de um objeto, casa ou pessoa! E estes fascínio que sinto é comum a muitas outras pessoas, considerando a quantidade de programas exibidos por praticamente todos os canais.

Abre parêntesis: gosto de tudo, excepto operações plásticas, seja de pacientes obesos, seja para rejuvenescer, não entendo como podem as pessoas escolher a opção mais agressiva e dolorosa, em detrimento da dieta correcta e exercício. Mas isto sou eu, para quem as cirurgias são apenas opção em caso de saúde. Fecha parênteses.

Eu creio que este fascínio pelo exercício do antes de depois se poderia explicar com a prova de que podemos transformar tudo, só necessitamos de bom gosto e imaginação. E numa época de reciclagem e reutilização esta fórmula torna-se ainda mais atraente. Para já nem falar de época de crise, em que a perspectiva de economizar se torna frequentemente necessária. Quem falou de crise?!  Fiuuu, fiuuu…( eu a assobiar para o lado, perante um assunto tabu)

Adiante. Tenho inúmeros exemplos de antes e depois cá em casa; aqueles que foram executados por mim têm ainda um valor acrescido. 
Não é o caso da remodelação das escadas do terraço, o projeto é meu e a jardinagem também, porém a transformação que uns simples degraus de cimento com tijoleira e tinta branca é a prova que um antes e depois é exequível para o mais simples cidadão!

Até breve!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Receita para a semana: Marinada de pimentos assados com mozzarella

Quando vocês pensam que vou deixar uma receita doce  para o fim-de-semana, eu troco as voltas e não deixo;  em vez disso, inicio a semana com uma proposta salgada. Porque eu gosto de quebrar rotinas, e fazer algo inesperado. A vida torna-se muito monótona quando já sabemos de antemão o que vai acontecer, não é?!
Desde que vi esta receita no Smitten Kitchen não parei de pensar em faze-la; porque a outra receita que já experimentei deste blogue é o melhor bolo de maçã que já comi. Porque adoro pimentos. E porque me pareceu irresistível! Fiz para um lanche-ajantarado, e adorei. Só omiti as alcaparras.

Marinada de pimentos assados com mozzarella

Ingredientes:
6 pimentos coloridos
1/4 copo de vinagre de vinho tinto
1 dente de alho picado
sal q.b.
pimenta moída na hora a gosto
2 c.s. de azeite
2 c.s. de alcaparras (omiti )
2 c.s. de salsa picada ( omiti )
500 gr de mozzarella
Como fazer:
Pré-aqueça o forno a 200º. Lave os pimentos e coloque-os num recipiente forrado com folha de alumínio. Leve ao forno a assar, e vá rodando de 15 em 15 minutos, para assar de todos os lados, cerca de 45 minutos -1 hora.
Quando estiverem assados coloque outra folha por cima dos pimentos, e deixe arrefecer; remova a pele dos pimentos e as sementes. Corte em tiras. Regue com vinagre de vinho tinto, alho e sal. Deixe marinar uma hora, ou de um dia ( pode ir até quatro dias) para o outro no frigorífico.

Para servir coloque numa travessa, e reajuste o tempero, acrescentando sal, pimenta moída na hora, ou mais vinagre. Regue com azeite, salpique com a salsa e alcaparras e decore com a mozzarella cortadas às fatias.

Coma com pão estaladiço, e um copo de vinho tinto; nós escolhemos uma reserva de  Côte du Rhone. Porque esta vida são dois dias.

Tenha uma ótima semana!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quase todas as crianças comem pior em casa do que nas cantinas das escolas

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Quando li o título do artigo do Diário de Notícias, confesso que não me espantei; todos sabemos que devido à crise, muitas famílias estão com problemas em proporcionar uma boa alimentação aos filhos. E penso que é também do conhecimento geral, que cientes desta situação, diversas Câmaras pelo país, têm mantido as cantinas das escolas abertas durante as férias, para que as crianças mais carenciadas, possam fazer pelo menos uma refeição completa e saudável, por dia. 
No entanto, os dados do Instituto Nacional de Saúde Dr.Ricardo Jorge, para um estudo da OMS sobre obesidade infantil não foi feito nesse escalão social, subentendido através das respostas fornecidas pelas famílias.

Alguns dados alarmantes:
- Cerca de 96% dos pais responderam que as crianças bebem refrigerantes, quatro ou mais vezes por semana.
- A larga maioria dos pais opta por pizas, salsichas, batatas fritas, pipocas, quatro vezes ou mais por semana.
- 74,4% das famílias dão bolachas, bolos ou biscoitos em vez de sanduiches de queijo e fiambre.
- 87,5% das famílias escolhem o leite gordo.

Perante esta pequena amostra,  não será surpreendente que 32,1% das crianças entre os seis e nove anos tenham excesso de peso; nem que Portugal apresente o pior cenário do estudo feito entre treze países.

Na minha opinião, estamos a adquirir um estilo de vida muito pouco saudável, devido à falta de tempo, e subsequentemente falta de vontade dos pais  em preparar uma refeição adequada. Depois de um dia de trabalho, do stress do trânsito, e ainda de algumas tarefas para cumprir antes do final do dia, fazem com que a tentação de abrir embalagens, que só necessitam de micro-ondas, seja fatal.

Porém, acredito que mesmo para famílias com rotinas e horários complicados é possível adquirir hábitos saudáveis. Creio que será uma questão de organização. 

Eis algumas dicas, que fui aprendendo e ponho em prática, quando me convém:
- Imprima uma pirâmide alimentar e coloque num local bem visível, para melhor informação e motivação de  toda a família.
- Faça uma ementa semanal antecipada; dedique uns minutos do seu dia de folga a elaborar essa ementa, e uma lista de compras para todos os ingredientes que necessitará para a realizar. 
- Dedique uma tarde a preparar uma série de comidas e congele em caixas, para toda a semana. Com carne picada poderá fazer um rolo, almôndegas, hambúrguers e carne para a bolonhesa, por exemplo. Arroz seco congelado, fica ótimo, sabia?
-Arranje os legumes logo após a compra, e deixe-os dentro de caixas no frigorífico, prontos a serem utilizados em saladas e sopas. 
-Faça uma panela de sopa substancial, com vários legumes e guarde no frigorífico. Naquele dia que vai ter que ser mesmo uma piza, a sopa servida em primeiro lugar já irá equilibrar a refeição.
-Não tenha nunca refrigerantes em casa, para que as crianças não sucumbam à tentação; se pedirem um sumo, esprema algumas laranjas e dê-lhes sumo natural.
-Tenha sempre pão em casa; se não for possível fresco, que seja de forma, de modo a fazer sanduiches rapidamente para as crianças levarem para a escola, e para comerem ao pequeno-almoço.

Muito mais há para fazer em defesa de uma alimentação saudável; veja mais dicas neste site sobre nutrição; mas não se conforme com uma rotina nada saudável, só porque está estabelecida!

Lembre-se: nós somos o que comemos. 

Até breve!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

E depois da Oprah?!

( Imagem )
- Conseguem imaginar o mundo, sem a Oprah?! 
Era a pergunta retórica que Ted Mosby, o protagonista do Foi assim que aconteceu, fazia no último episódio que vi desta série. 
Se eu estivesse lá, poderia responder-lhe que já não é preciso imaginar, que o mundo sem a Oprah continua, mas enlouquecido. Mais ainda. 
Que bastara o anúncio da reforma antecipada da apresentadora, para que fosse substituída no título de mais influente do mundo. 
- E por quem?  Perguntar-me-ia o Ted, muito curioso, debruçando-se sobre a mesa do bar.
- Por Lady Gaga! Respondia-lhe eu, de olhos esbugalhados.
- My God! - Espantar-se-ia ele- Estarão todos....
- Gagas! Sim, o mundo está gaga! Concluiria eu, olhando para os lados.

Ou então, esta história está muito mal contada. Porque vejamos, é muito compreensível que uma apresentadora, com mais de 25 anos de carreira, difundida mundialmente, se torne ponto de referência para as audiências, e profissionais. Sobretudo porque é uma mulher inteligente, com grande capacidade reflexiva, e de auto-crítica, solidária, e uma comunicadora de excelência.
É muito compreensível que uma pessoa deste calibre se torne extremamente influente no mundo.

Em contra-partida, como pode uma cantora, que surgiu há meia dúzia de meses, cujos vídeos contam histórias sinistras, de mortes, envenenamentos e outras perversidades que tais; que exibe sangue como adereço nos seus shows mundiais, e que usa um vestido de bifes, para se apresentar nos prémios MTV, como pode esta cantora, dizia eu, tornar-se a pessoa mais influente no mundo?! Substituir a Oprah?!

Das duas três:
Ou o mundo está como ela - gaga!
Ou as sondagens se enganam - Lembram-se do último exemplo: empate técnico 5 dias antes, vitória do PSD com 10% nas eleições?
Ou as sondagens nos enganam- Em que universo foi feita esta sondagem? A mim ninguém perguntou nada; e a si?!
Ainda que não seja apologista destas listas dos mais influentes do mundo, reconheço que é bom, e mesmo necessário,  que o Mundo tenha referências positivas; exemplos inspiradores, modelos a imitar que valham a pena. As pessoas precisam disso. Porém, se for para divulgar resultados como este último, mais vale que fiquem quietos. E calados.

Depois disto, tenho quase a certeza que Ted diria:
-Please, bring Oprah back*!

Tenha uma ótima semana!

* Por favor, tragam a Oprah de volta!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Receita para o fim-de-semana: Tiramisu do David Rocco

Vi no National Geographic, e por ser uma receita que se faz e se serve de seguida, o David Rocco, chamou-lhe "Tiramisu para preguiçosos". Desde logo me agradou, sobretudo pelo fato de não necessitar de horas no frio, como o tiramisu tradicional, que adoro, necessita.

Tiramisu al Vin Santo
Ingredientes:
500 gr de biscoitos Cantucini, esmagados grosseiramente ( Comprei no Pingo Doce)
500 gr de queijo Mascarpone
2 colheres de sopa de açúcar
100 gr de chocolate amargo triturado grosseiramente
1 copo ( 250 ml) de vin santo ( substituí por Moscatel)
Como fazer:
Coloque os biscoitos num recipiente, para servir, criando a base para o tiramisu. Regue os biscoitos com metade do Vin Santo (Moscatel), e reserve o restante. O exterior dos biscoitos deve ficar húmido, porém o interior deve permanecer seco. 

Numa taça, junte o mascarpone, o vin santo, açúcar e o chocolate. Bata tudo até ficar bem misturado e cremoso. 
Deite este creme sobre os biscoitos, cobrindo-os totalmente. Se desejar pode polvilhar o topo com chocolate triturado e biscoitos. Eu só decorei com raspas de chocolate, porque me esqueci, gastei os biscoitos todos.
Ao contrário do tiramisu tradicional, este pode ser servido de imediato. No entanto, eu coloquei 10 minutos no congelador, antes de servir.

Dá 8 porções. E vai saber a pouco. Porque aquele creme, com o crocante dos biscoitos e pequeníssimas amostras de amêndoa, é um autêntico manjar dos deuses. Grazie David!

Tenha um doce fim-de-semana!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Reutilizar camisas de homem


Eu ainda sou do tempo( quando era criança pequena) em que todas as donas-de-casa tinham um ovo de madeira, para coser as meias; ainda sou do tempo em que as golas das camisas eram viradas, porque se considerava que enquanto a roupa pudesse ser arranjada, continuava a ser boa para vestir. Se não servia para sair, servia para trabalhar.

Infelizmente, também sou do tempo, em que as pessoas começaram a pensar que ficava mais caro mandar arranjar o que quer que fosse, e simplesmente deitavam fora, e compravam novo, para substituir.
Eu sei como é; certa ocasião o jarro da máquina do café cá de casa partiu, e no representante da marca disseram-nos que comprar outra máquina ficava quase ao mesmo preço que comprar apenas outro jarro. Além disso, teríamos ainda de esperar dois meses, porque vinha da fábrica, em França. O que escolhemos? Esperar pelo jarro! Porque somos, e fomos, sempre a favor da reutilização, do conserto, e da preservação do meio ambiente.
As camisas do pai
E então para as camisas, perguntam vocês. Se estão a pensar colocar um cinto numa camisa de homem xxl, e transformá-la num vestido-camiseiro, também serve; porém a minha sugestão vai um poquito mais além!
Resolvi transformar duas camisas do meu marido, que estavam somente puídas nos colarinhos, em blusas para minha filha. Levei-as a uma modista muito talentosa; escolhi os feitios numa revista; levei a Letícia para tirar medidas e para aprovar.
E Letícia  ficou que a saber que quando a mãe era pequena era assim que se fazia; comprava-se tecido, tirava-se medidas, aprovava-se, e esperava-se. Um processo demorado até a peça chegar ao corpo!

Agora blusas da filha,versão denim.
Finalmente fui buscá-las (é tão giro ver esta passagem de roupa dentro da família!), e não poderia ficar mais satisfeita com o resultado. Ou podia…se fosse eu a modista, mas infelizmente não tenho esse conhecimento.
Agora imaginem as possibilidades, com os padrões femininos e coloridos da mãe!

Até breve!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Que arvores estão na moda?

Foto de oliveira em Kefalonia, com artigo muito interessante.
Bem sei que não se devem ouvir as conversas alheias, mas que fazer quando numa sala de espera duas pessoas ao lado conversam? Ler um livro, pois claro; no entanto, aqueles primeiros momentos de leitura são como os primeiros segundos de sono, leves o suficiente para sabermos o que ainda se passa à nossa volta. Por isso, impossível não ouvir o que duas senhoras ao meu lado diziam sobre jardins; sobretudo porque a temática me intrigou: árvores que já não estão na moda!

- O jardim ainda não está terminado, quero lá pôr umas oliveiras. Dizia uma. 
- As oliveiras já não se usam - retorquiu a outra - fulana, cuja marido faz jardins, disse-me que ele já não as usa, que é feio. 
- Quero lá saber, eu gosto de oliveiras e vou pôr. Resistia a primeira. 
- Eu também, tenho uma no jardim, e continuo a gostar dela! Anuía a segunda.

E foi assim que que fiquei a saber que as árvores também tinham modas. Não que eu não suspeitasse, afinal de há um par de anos para cá as oliveiras tornaram-se imensamente populares em muitos jardins, inclusivamente em vivendas geminadas, com pequeníssimos jardins, lá tinham a sua oliveira! O horto passou a ter oliveiras! E todos passaram a gostar de oliveiras.

A oliveira é uma árvore muito antiga, que estava praticamente a desaparecer - já ninguém curte azeitonas- por isso, quando lhe descobriram a estética, como utilidade para a reabilitar, eu achei excelente! Já não gostei nada de saber, que de bonita e merecedora de destaque nos jardins portugueses, passara a "feia"! 
Árvores, são árvores, e na minha opinião deveriam estar todas, exceto os eucaliptos, na moda. 

Ou o quê?! Quem as tem vai arrancá-las para substituir por...? A próxima que estiver na moda? Árvores não são sapatos, senhores paisagistas!

Tenha uma ótima semana!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Receita para o fim-de-semana: Pudim de Coco

Todas as vezes que faço este pudim, seja para servir em casa, seja para oferecer, pedem-me a receita. É garantido. Cansada de  escrever a receita , publico aqui. Para que não me acusem de não a querer partilhar. Sim, já aconteceu, a brincar, a brincar, mas disseram-me.
Este pudim é inclusivamente do agrado daqueles que habitualmente não gostam de pudins; da última vez que o ofereci, a um casal amigo, ela não queria sequer experimentar; mais tarde, quando o marido ligou para agradecer, ouvia-se a mulher ao lado: - Pede a receita, à Fernanda! Repetia.
É muito fácil, e muito bom.

Pudim de Coco
Ingredientes:
- 2 pães
- 1/2 lt de leite
- 2 ovos
- 370 gr de açúcar
- 120 gr de coco ralado
- 1 C. sopa de manteiga
- 2 C.sopa de água

Como fazer:
Faça o caramelo, colocando num tacho 120 gr de açúcar com 3 colheres de sopa de água; deixe ferver até ficar caramelizado. Forre a forma de pudim. Reserve.
Aqueça o leite. Junte-lhe os pães, e deixe repousar cerca de 30 minutos. Passe a mistura para o liquidificador e bata. Junte os ovos, a manteiga e 250 gr de açúcar, vá batendo entre cada adição. Por fim o coco, e bata um pouquinho mais. 
Verta a mistura para o forma do pudim, deixe cozer em banho-maria, cerca de 1:30m. 
Deixe arrefecer e desenforme!
(Fonte: Suplemento de Culinária da Máxima, do sec.XX)

Tenha um doce fim-de-semana!