segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Animais domésticos em extinção

( Imagem daqui )
Quando falamos em animais em extinção lembramo-nos apenas de animais selvagens, como o lince ibérico, o panda gigante, o rinoceronte de Java, o tucano, enfim, uma série de animais exóticos que estão bem longe de nós. Porém, na realidade há uma série de animais domésticos que também fazem parte dessa lista. Como carneiros, coelhos, burros, e galinhas. É verdade. E nisto, mais uma vez o homem é o responsável. Como? Porque simplesmente não faz a procriação de determinadas raças, por não serem tão produtivas, ou tão robustas como outras suas congéneres. Há 8000 mil anos que as domesticamos, e as galinhas já não existem sem nós, portanto só existirão enquanto as reproduzirmos. 

Vivemos num tempo em que tudo o que interessa é produzir rapidamente, para alimentar uma população voraz e crescente, se possível oferecendo os produtos a baixos preços.

Há uns tempos, li algures que os cientistas estavam a tentar produzir frangos sem penas; porque serem depenados só aumenta o preço do custo dos frangos. Portanto, penas para quê?! Um horror não é? Imaginar um frango nu. Uma aberração, mas isto sou eu.

Noutra altura vi uma reportagem, em que cientistas tentavam isolar o gene dos salmões que os faz permanecer cerca de quatro anos no mar, antecipando a subida dos rios, para desovarem mais precocemente. Para quê? Para acelerar o processo, retiram ao peixe a sua necessidade de amadurecer e adquirir a gordura que o vai preparar para essa prova extrema. Outra aberração.

No entanto, cada um de nós, à sua maneira, contribui para este perverso sistema de seleção de raças, como por exemplo não escolhendo um tipo de galinha que só choca uma vez por ano. Na verdade, nós ignoramos qual a qualidade intrínseca destes animais que podemos precisar no futuro.  E não vamos ter, porque será tarde demais.

Entretanto, o que podemos fazer para não contribuir para esta seleção aritificial dos mais fortes, mais produtivos? Adotar uma alimentação racional e equilbrada.
Como? Comprando apenas o necessário, que contrariamente àquilo que possa pensar não é o que todos fazemos. Uma sondagem feita no Reino Unido indica que o desperdício médio de uma família padrão (casal com filho) é equivalente a 4.336,15€, ano. Incrível a quantidade de alimentos que as pessoas compram, guardam no frigorífico, e que acabam no lixo! Já para nem falar do desperdício financeiro!

Outra forma de comer racionalmente, é reduzir nas quantidades que ingerimos. Frequentemente vejo pratos de comida que são um verdadeiro exagero, e pessoas a repetir duas e três vezes, sistematicamente. Não é necessidade, porque o nosso organismo não precisa de tanto, é apenas gula. Ou qualquer outra sensação que pretendemos saciar, através da comida. E devemos resolver isso pela via apropriada, sob a pena de adquirirmos problemas de saúde. E a estética?! Não são nada elegantes aquelas barrigas salientes dos glutões!

Eu sempre tive um fraquinho por animais, mas agora confesso que ando com muita vontade de ter um par de galinhas no quintal. Tinha que ser uma dessas da foto!
Hummm.Se ao menos elas aprendessem a usar o caixote de areia ...

Até breve!