terça-feira, 18 de setembro de 2012

5 Dicas para aumentar a auto-estima dos filhos

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Quando eu li num artigo que a Marilyn Monroe, se achava feia, porque em criança ninguém lhe dizia que ela era bonita, fiquei...atónita. Ela acrescentava ainda que todas as crianças deviam ouvir que eram lindas, muitas vezes.
Acho que isto diz muito sobre a auto-estima, não é? Não tem nada a ver com a imagem que os outros têm de nós, mas sim a imagem que nós temos de nós mesmos. 

Tenho para mim que alguns de nós nascem já com uma auto-estima elevada, enquanto outros nascem com uma baixa auto-estima; claro que aquele que nasce com a auto-estima elevada, sendo constantemente depreciado e rebaixado, vai acabar por perde-la. Felizmente, o contrário também acontece, e é isso que me interessa.

A pratica da maternidade tem-me ajudado a descobrir como aumentar a auto-estima das crianças ( porque tenho dois filhos nas antípodas!),  e é isso que me proponho a partilhar, em apenas cinco dicas, porque gosto de manter o tema conciso.

1. Elogiar
Li recentemente que um estudo feito na Universidade de Leiden, na Holanda, concluía que as crianças na faixa etária de 8-9 anos não reagem à crítica.
Noutra altura li que a educação devia ser feita de 99% de elogios. Claro que há comportamentos e acções que as crianças têm que estão erradas, eles estão a aprender, e nós temos que lhes chamar à atenção; porém, deve-se somente criticar a acção, não a criança. Eu costumo dizer aos meus filhos: eu gosto muito de ti, mas não gostei do que fizeste!

O elogio deve ser adequado, sincero e comedido, sem exageros, pois deve ser credível. Há dias, a minha filha revia os primeiros desenhos que fez e perguntou-me porque é que eu os achava bonitos; obviamente eram gatafunhos e nada dali replicava algo que eu identificasse, portanto eu respondi que eram as cores. A conjugação de cores que ela escolhera era bonita e equilibrada. Ela sorriu agradecida, porque sentiu sinceridade. 

2. Abraçar
Li algures sobre uma experiência feito com símios, que foram  privados do contacto físico, e acabaram por morrer.
O contacto físico é muito importante para o ser humano, saímos de dentro de um corpo, e em muitas culturas as crianças andam coladas ao corpo da mãe durante meses  e mesmo anos, estando provado que os benefícios são imensos. Portanto, dar a mão, beijar, abraçar, dar colo devem ser habituais no trato com os nossos filhos.
Sinto-me bem ao relembrar que dei aos meus filhos todo o colo que pediram; inclusivamente grávida de 9 meses nunca neguei colo ao Duarte, que tinha apenas ano e meio. Com as crianças já mais crescidas, se me pediam colo, por estarem cansadas, também dava. Ainda que me cansasse a mim. Esse tempo já passou e fico muito contente por feito feito a vontade dos meus filhos, sempre. 

3. Estabelecer objectivos
Há coisas em que as crianças não são naturalmente boas, desportos, jogos, desenho, etc, e o sucesso dos outros e insucesso delas pode desmotivá-las, deixando de querer tentar. Então a estratégia é estabelecer objectivos, fazendo por partes. Praticando e melhorando a cada etapa, mostrando à criança a sua evolução. - Ainda há dois dias andavas com rodinhas na bicicleta, já viste?!
Não esquecer que há gostos pessoais, e que por vezes temos que ajudar os nossos filhos a descobri-los; não é bom em futebol? Talvez seja em natação. Ou em basquetebol. Não é bom no Desporto? Pouco interessa, o que importa é a perseverança e empenho; além disso, é barra no Xadrez, ora!

4. Interpretar a criança
Há situações que magoam os nossos filhos, e eles contam-nos essas situações, mas não chegam expressar o que sentem, apenas transmitem " a notícia"; cabe-nos a nós interpretar o sentimento que essa situação lhes causou. Se houve um colega que o ofendeu, se não foi convidado para uma festa de aniversário, devemos falar sem rodeios - Isso magoou-te, não foi? Essa abertura, para a dimensão do sentimento, vai dar-lhe o pretexto para expressar o que sente, e nós poderemos ajudar, a compreender e assimilar a situação. - Não é que ela já não goste de ti, não te convidou para a festa porque com certeza tinha número limitado de convites, assim como acontece contigo.
Até à data tenho a felicidade de conseguir "ler" os meus filhos apenas pela expressão facial. Vejo quando há alguma coisa que os incomoda, ou entristece. Ajudá-los a resolver as situações na cabeça e coração é educa-los para aceitar com compreensão as adversidades. É ensiná-los a gerir as emoções de forma a tranquilizá-los.

5. Declarar o amor
O sentimento de amor não é um dado adquirido para as crianças. Temos que o demonstrar e dizer.
Todos os dias digo aos meus filhos que os amo. Se não for durante o dia, é à noite, antes de adormecerem. Por vezes, quando ralho com eles por algum motivo, eles perguntam-me directamente - Ainda gostas de mim, mãe?! Isto é um pedido de confirmação de amor. Eu respondo sempre que sim, eternamente, independentemente do que quer que seja.
Nunca, mas nunca, retorquir a um filho "também não gosto de ti!", quando ele nos brinda com esta frase; pelo contrário: - Pois eu gosto muito de ti, à mesma! 

Não será com certeza uma lista completa, mas como disse antes, agrada-me uma lista pequena, acho-a mais eficiente. Além disso, a tónica da minha lista, não sei se notaram, é o "amor". Se nos regermos por ele, dificilmente erramos.
Porque, no fim de contas, só o amor nos salva!

No entanto, estou receptiva se alguém quiser acrescentar alguma coisa.

Até breve!