quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O grand finale da Natureza*



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Apesar do Outono entrar oficialmente em setembro, é a Outubro que associamos a penúltima estação do ano.  Os dias mais pequenos, e a mudança climática, caracterizados pela baixa de temperatura e chuva, “mexem” com a nossa disposição, a ponto de muitas pessoas ficarem realmente deprimidas. 

Isto acontece tão frequentemente que existe, inclusivé, uma desginação em Psiclogia para estes casos: “Depressões de outono”.  Esta especialidade da Medicina explica de forma extensa e lógica o surgimento dos sintomas, característicos  desta depressão sazonal. E trata a doença em conformidade; porém, eu penso que se conseguirmos ver as inúmeras e absolutas belezas que caracterizam esta estação, a nostalgia que sentimos, dará lugar a outras emoções, muito mais positivas. 
Caminhar pela Natureza nesta altura do ano, é como atravessar um longo Museu Vivo, onde a cada passo, encontramos magníficas pinceladas de cor. Admirar obras de arte em mutação pemanente, como se o artista não as considerasse nunca, acabadas.

Por onde as portas entreabertas deixam escapar uma aragem fresca, que nos refresca dos dias quentes  de Verão. E ao contrário dos museus, onde não nos é permtido tocar nos objectos expostos, podemos recolher galhos secos e folhas coloridas, bolotas e castanhas, para decorar a casa ou degustar.

Os aromas intensificam-se, despertando os nossos sentidos para odores que identificamos sem ver, sejam flores silvestres, frutos ou até mesmo o inodoro vento. 

O outono é o tempo em que tudo explode, num arrebatado fogo-de-cores, como se a Natureza tivesse poupado ao longo dos meses, para este grand finale!  E tudo o que temos que fazer é observar, admirar, e permitirmos  que esse esplendor repercuta pela nossa mente, e nos deixe  felizes, apenas porque estamos aqui! 

Do meu artigo publicado na revista Bigger Magazine. À venda nos quiosques de Guimarães, Vizela, Braga, Fafe, Famalicão, Sto Tirso e Felgueiras