sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Chapéus há muitos!


Via
Vou avisando já que não gosto de ver capuzes na cabeça. Essa moda irrita-me imenso, acho uma enorme falta de educação. Mais do que a conotação que implica, relacionada com uma certa ideia de marginalidade. No entanto, confesso que já usei um caso que aconteceu nos E.U. , em que um adolescente foi baleado, por ter capuz na cabeça e caminhar à noite, numa rua com vigilantes, para demover o meu filho, de usar o capuz. Que use quando está frio, ou a chover. Ou quando sai da Natação. Mas que o puxe para trás assim que entra em casa. Em qualquer casa.

Talvez porque o meu pai usou chapéu e boné durante toda a vida, e eu o tenha visto a descobrir a cabeça, assim que entrava fosse onde fosse; a noção do que é certo, do que é bem educado, do saber estar em sítios diferentes é-me cara. E gosto de a acalentar, apesar de sentir que está cada vez mais fora de moda.

Vi na televisão a notícia de um homem, que foi convidado a sair do Banco, após se recusar a tirar o capuz. Ele estava acompanhado pelos pais, pessoas idosas, e pela irmã. Segundo ele, isso bastaria para  provar que não estava ali para assaltar o Banco. E que as funcionárias não foram capazes de lhe explicar porque deveria retirar o capuz.

Parte-se do principio que existe um certo preconceito perante determinadas imagens; que os assaltantes também podem usar blazer, e usam frequentemente, portanto, o capuz na cabeça não indica necessariamente que seja alguém com intenções ilicitas.
Contudo, será que se existisse um estudo sobre o vestuário dos delinquentes, não seria muito mais frequente um tipo de roupa, que vem de encontro ao nosso imaginário? Ao tal capuz na cabeça, por exemplo? Creio bem que sim, que essa ideia que nos é comum tem um fundamento explicável, porque faz parte da realidade.

Portanto, com o aumento da criminalidade, cobrir o rosto, ou cabeça, sobretudo em determinados locais, pode ser realmente entendido como um gesto provocador, ou ameaçador.

Basicamente, é má-educação e falta de compreensão, e espanta-me bastante que um homem adulto tenha necessidade que as funcionárias do Banco lhe expliquem porque deve retirar o capuz.

Nada semelhante, a um outro caso, divulgado na tv, há alguns meses, onde um cliente de certo Banco foi convidado a sair por vestir roupa de trabalho. O senhor era sucateiro, e tinha por isso o fato-macaco muito sujo. Inaceitável, a meu ver.

Por vezes, parece-me que a falta de bom senso se generalizou a um ponto absurdo. Ao ponto de tornar-se notícia o mais elementar das coisas básicas da vida.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A Maria Luísa é que sabe...

O Computador

A menina Leonor
só quer o computador.
O boneco e a boneca
eram uma grande seca!
Deitou fora a bicicleta,
cansa muito ser atleta.
Não sai para qualquer lado,
nem para comprar gelado.
Anda da mesa para a cama,
só se veste de pijama.
Vê-se ao espelho de manhã
a olhar para o ecrã.
Já se esqueceu de falar.
Só sabe comunicar
com os dedos no teclado.
Tem agora um namorado
a menina Leonor
chamado computador.
É fiel, inteligente
não refila, nunca mente
e quando ela se fartar,
pimba, basta desligar.
Maria Luísa Ducla Soares

Muda-se o nome da menina Leonor e  bem que poderia ser o hino de qualquer casa, não era?! 
É uma luta constante. Que a força esteja connosco!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Subir a escadaria?!

Via

Enquanto se discute se é grave, ou não, subir a escadaria do Parlamento, se os Polícias foram longe de mais a subir a escadaria, se os Policias passaram todos os limites, não se discute que eles se manifestavam contra as condições precárias de trabalho. Que a manifestação foi a maior de sempre.

O trabalho de marketing funciona lindamente, quando Políticos e Comunicação Social resolvem aliar-se.

Os que criticam as manifestações das Forças de Segurança que procurem antes informar-se das condições em que estes  trabalham. E que se questionem se gostariam de trabalhar em condições idênticas.

Enquanto se verifica um significativo aumento da criminalidade, as Forças de Segurança têm visto os seus meios de combate reduzidos ano após ano. Salários baixos, horas extraordinárias e feriados sem serem pagos, falta de efectivos, o que reduz a segurança dos profissionais nas ruas e nas cadeias, e uma enorme falta de apoio pela parte dos magistrados e Políticos sempre que um Polícia ou Militar, baleia algum cidadão ( leia-se criminoso). Parece que as armas são mesmo só para decorar.

Todos temos direito de manifestar-nos em defesa dos nossos mais elementares direitos. Excepto os Policias, que são aqueles que garantem muitos dos nossos direitos.  Belo raciocínio.

Mas quando necessitarem da Polícia, e desesperarem porque não chegam rapidamente, não se lembram que a falta de viaturas, de efectivos e sei lá que mais não permite melhor.

Aqui,aqui, aqui, aqui, aqui, ...


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Receita para o fim-de-semana: Challah trançado na MFP


Quando vi a imagem deste pão fiquei imediatamente com vontade de o testar. Challah é o pão que os judeus costumam fazer na Páscoa, mas imagino que também ao longo do ano.
(A receita veio daqui. )

O aroma espalhou-se deliciosamente pela casa à hora do lanche, de forma que uma das tranças foi praticamente devorada com manteiga e compota de framboesa, ainda bastante quente.

Outra trança, a mais perfeita ( na segunda já consegui melhor resultado), foi oferecida a pessoas que a apreciaram igualmente. Porque na vida temos que espalhar pequenas alegrias.


 Challah trançado na MPF


Ingredientes:
1 xícara (240 ml) de água morna

1/2 xícara (100 g) de açúcar

1 colher (sopa) de mel

1/2 xícara (120 ml) de óleo

2 1/2 colheres (chá) de sal

2 ovos, em temperatura ambiente

4 xícaras (550 g) de farinha para pão ( esta quantidade não foi suficiente, fui acrescentando mais farinha, até a massa não colar )

2 1/4 colheres (chá) de fermento biológico seco 

Como fazer: Preparo:30mins  ›  Cozimento: 25mins  ›  Tempo adicional:1hora30mins descansando  ›  Pronto em:2horas25mins 

  1. Na ordem recomendada pelo fabricante, coloque na máquina de pão, a água morna, o açúcar, o mel, o óleo, o sal, 2 ovos, a farinha e o fermento. Inicie o ciclo amassar - misturar.
  2. Depois que o ciclo terminar, retire a massa e coloque-a numa superfície enfarinhada. Soque a massa (para retirar bolhas de ar) e deixe-a descansando por 5 minutos.
  3. Divida a massa ao meio. Em seguida, separe cada parte em 3 partes iguais. Modele cada parte no formato de cordas que meçam entre 30 e 35 cm de comprimento. Trance as cordas, formando um pão. Faça o mesmo com as outras 3 partes restantes. Cuidadosamente, coloque os pães em um tabuleiro untado, borrife-os com a água. Cubra o tabuleiro com filme de Pvc para cozinha, deixando o filme folgado no tabuleiro. Leve os pães para um lugar quente e deixe-os crescendo por 1 a 1 1/2 hora ou até eles terem dobrado de tamanho.
  4. Pre-aqueça o forno a 180 ºC. Em uma tigela pequena, misture o ovo batido com uma colher de sopa de água.
  5. Pincele os pães, já crescidos, com o ovo batido. Asse os pães no forno pre-aquecido durante 20 a 25 minutos. Se os pães ficarem corados rapidamente, cubra o tabuleiro com papel alumínio.





quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Antibióticos não curam constipações, nem gripes!

Imagem e notícia via

Recentemente uma pessoa contava-me que tinha tido gripe, foi às Urgências e lhe receitaram antibióticos. Todo este cenário, para mim, é surreal. Cá em casa as gripes e constipações curam-se com Antigripine, chás de limão e mel, roupa quentinha e cama. Sem ida ao médico, sequer. 

Tenho a impressão que todos os anos pelo Inverno, sai alguma notícia na comunicação social sobre o uso excessivo de antibióticos, pelos portugueses. Parece que os hábitos custam mesmo a mudar, mas em questões relacionadas à saúde, tenho a certeza que não deveria ser assim.

A partir do momento que se diz que o consumo excessivo de antibióticos reduz o nosso sistema imunitário, tornando-nos menos resistentes às bactérias, bastaria para pensarmos mais seriamente sobre o assunto. E não os pedirmos de ânimo leve para curar gripes e constipações, que são virais, não se curam com antibióticos!

Porém, o que eu vejo frequentemente é bastante diferente; muitos pais sentem-se mais seguros quando os médicos prescrevem antibióticos aos filhos, e inclusivamente desdenham dos médicos que não o fazem. No entanto, estes, sendo os profissionais, deveriam saber muito bem que os antibióticos curam infecções bacterianas apenas, e não os receitar para infecções virais. E acima de tudo, aproveitar a oportunidade para informar e educar os pacientes.


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Jogo Suécia - Portugal

Achei esta notícia "cómica"; os Suecos planeavam recolher a cobertura do estádio, para pôr os jogadores portugueses em desvantagem! Mas os portugueses resolveram dar-lhes o troco, mostrando que o frio não os desmotiva, pedindo que a cobertura ficasse mesmo aberta!

Só no final da tarde se saberá qual a decisão. Mas cá para mim, são os suecos que estão a tremer... e não é de frio!
Ó.... joguinhos patéticos!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

"Because am happy"


Ser feliz é uma forma de coragem, sobretudo actualmente. 

Porque é giro e contagiante. Para miúdos e graúdos! Deixem-se contagiar e "Clap along...!"

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Desmontando o mito de Miley Cyrus


Toda esta polémica em volta da Miley Cyrus ter-me-ia passado totalmente ao lado, não fosse a minha filha. Quer dizer, é-me absolutamente indiferente que ela ou outra cantora qualquer façam vídeos controversos, ou dancem de forma excessivamente sexy, roçando o mau gosto, quando não são cantoras de quem eu gosto.

Acontece que Miley Cyrus era a Annah Montana, uma menina Disney muito conhecida e admirada pela minha filha, e muitas meninas da idade dela. Para além da televisão, ela entrou cá em casa em forma de capas escolares, esferográficas e outras coisas do tipo. Isso quer dizer alguma coisa. No mínimo que a minha filha gostava dela, no máximo que queria ser como ela. Não creio que tenha chegado a tanto, mas certamente muitas meninas sonharam com isso. Há, portanto, aqui um peso de influência que poderemos questionar, enquanto pais e educadores, se nos interessa ou não, desmontar.

Desapareceu a Annah Montana, mas ficou Miley Cyrus e as meninas que gostavam da primeira, seguiram o percurso da segunda. Sucede que à inocente Annah Montana, sobrepôs-se a "sabida" Miley Cyrus, colocando-se nas antípodas da sua predecessora. A minha filha não cresceu assim tanto, felizmente. E por isso, não entendeu esta mudança brutal no visual e comportamento da cantora. A confusão, entre personagem e pessoa real acontece frequentemente, quando um papel se cola ao actor durante muito tempo e sobretudo quando se dirige a um público ainda em formação, como  infanto-juvenil.

A incompreensão deve ser global, mas eu não lhe prestei atenção. Até a Letícia ter desabafado, incrédula:
 - A Miley Cyrus ficou maluca! Anda a lamber martelos, e a dançar quase nua em cima de uma bola, no vídeo dela!

Perguntei-lhe se ela imaginava porque a cantora se comportava assim, e a conversa alargou-se a questões que se prendem com o trabalho infantil nas artes, o consumo, o sexo e a fama. Parece cedo demais? Eu também pensava.

Acredito que a  fusão entre Annah Montana e Miley Cyrus foi propositada, para dar consistência e promoção à personagem; assim como acredito que esta transformação última, foi deliberada para colocar um basta à imagem construída pela menina Disney. Se a ideia foi dela, ou de alguém da sua entourage, não se sabe ao certo, e também não me parece muito importante. Quem cresceu sendo uma figura famosa, fica cativa de terceiros, seja de que forma for.

A imagem sexy vende, sendo um caminho fácil para quem pretende alcançar o sucesso a qualquer custo. Contudo, uma cantora segura dos seus dotes vocais não permite que a explorem ou a exponham da forma que Miley Cyrus se tem exposto. Mas também, nem sequer tenho a certeza se é possível ser suficientemente autoconfiante, a ponto de saber o que se quer, quando se viveu uma infância como figura pública, rodeada de profissinais que visam o lucro.

Lembrei-me de Sinead O'Connor, uma cantora de quem gosto muito, e que num gesto de revolta, quando sentiu a pressão para apresentar uma imagem mais sexy, rapou o cabelo. 
Recordei-me, e contei-lhe, a resposta de Adele, quando a pressionaram para perder peso: " Eu não faço música para os olhos, faço música para os ouvidos".

O que estas cantoras têm em comum? O talento. Vozes poderosas que não necessitam mais do que isso. E vozes interiores que as instigam  a percorrer um caminho, talvez mais difícil mas também mais digno  e leal ao dom que possuem.
Nada a fazer, quando as pessoas são atiradas para as feras, ainda pequeninas, e lhes sonegam a infância. Acho que é aí, que lhes roubam a oportunidade de aprenderem a ouvir a sua voz interior. E elas ficam, assim, pequeninas e perdidas, senão para sempre, durante muito, muito tempo.

Para ilustrar a conversa, a Letícia quis ouvir uma música da Sinead O'Connor. Escolhi uma das minhas favoritas de sempre. Há coisas que ficam porque marcam, independentes de modas e polémicas, outras que apenas vão ficando. E é isto que eu quero que a minha filha compreenda, há pessoas que podem inspirar-nos e outras que, claramente, não. Temos apenas de saber identificá-las.

É muito cedo, para tal? Realmente não me parece.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

O SNS e a Drª Ana Oliveira

Depois de ver esta investigação da TVI, só posso concluir que se o SNS não funciona, é porque o Ministério da Saúde não quer.
Não me parece que seja um caso isolado, deve ser um fenómeno a nível nacional. Uma vigarice tremenda que lesa o Estado e brinca com a saúde e carteira dos cidadãos. Muitos deles carenciados e idosos. Uma indignidade.

Não conheço a médica que testemunha e teve a coragem de reunir provas,  mas só posso concluir que é uma pessoa honesta e destemida.
Porque não compactua com falcatruas e as denuncia. Porque teve a coragem de se expôr, denunciando os seus pares. E creio que todos sabem como este lobby  funciona - protegem-se uns aos outros, nem que seja com o silêncio.

E acima de tudo, é um exemplo como cidadã. Estamos tão necessitados destes exemplos...

-Bem-haja, Drª Ana Oliveira!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

De tabuleiro a bandeja num piscar de olhos!



Esta é a história de um tabuleiro velho, guardado numa gaveta da cozinha, que foi objecto de uma transformação total, e está agora na sala, em melhor companhia.

1. Pintei-o todo com spray prateado. 
2. Coloquei fita adesiva em zig-zag.
3. Voltei a pintar de prateado, para a cor fixar melhor e deixar uma marca subtil do zig-zag.
4. Retirei a fita cola e pincelei pela marca com cola branca.
5. Salpiquei abundantemente com purpurina prateada. 
6. Deixei secar bem e coloquei um vidro, para protecção. 

E pronto! Não ficou perfeito mas o artesanato é mesmo assim.


A tinta em spray opera maravilhas!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Brinquedos têm género?

- É meu! Dizia ele.  (Adorou o presente!)

Com o Duarte nunca pensei muito sobre o assunto, interessava-me muito mais que os brinquedos fossem lúdicos e pedagógicos, e por sorte ele nunca se sentiu naturalmente atraído pelos brinquedos ditos " de menino", como bolas ou carros. Puzzles, Lego ou outros brinquedos que ensinavam os números e as letras, abundavam cá em casa. O que ele pediu especificamente ( quando teve idade para tal ) foram os bonecos Pokémon, que coleccionou durante anos, e posteriormente os Bakugan, e outros do tipo.

Entretanto, com o nascimento da Letícia, os brinquedos, esses sim, ditos "de menina" entraram em força cá em casa. Ela revelou-se desde cedo muito ligada aos brinquedos do seu género, ainda que tenha manifestado o gosto pelas bonecas tardiamente. Mas gostava de coisas cor de rosa, de cozinhas, comidas, e toda a parafernália que reproduz uma casa. E posteriormente brinquedos ligados à Clínica Veterinária e Infantário. 
Como a diferença de idades entre os dois é de apenas 18 meses, eles acabaram por brincar com os brinquedos de um e do outro, numa troca saudável, que em abono da verdade, oscilou sempre mais para os brinquedos do Duarte.

No verão, tivemos cá em casa o meu afilhado e surpreendentemente ( e porquê surpreendentemente?!), de todos os brinquedos que existem aqui, e são imensos, o que o cativou mais a ponto de não o largar foi um carrinho de bonecas com um bebé. Fartou-se de o passear, e carregar para cima e para baixo. Deixava-o alguns momentos mas voltava sempre a pegar nele para continuar a brincar. Estava encantado!

Esse momento para mim foi revelador. O aniversário dele aproximava-se e eu não tinha ideia do que lhe oferecer; porém, apesar da abundância de brinquedos, o meu afilhado, tinha apenas como seria de esperar, brinquedos do seu género. Não tinha carrinho de passeio e boneca.

As mulheres queixam-se de que os maridos não partilham das tarefas domésticas, não tratam dos filhos, sobretudo quando são bebés, e isto tem uma razão que começa aqui, na brincadeira. Porque não podemos brincar com os mesmos brinquedos se no futuro se espera que todos desempenhemos as mesmas tarefas?

Ilógico? Talvez isso tenha feito sentido no passado em que as actividades estavam muito definidas pelo género, mas já não é o caso.
Há cada vez mais pais que reclamam licença de paternidade, pais homossexuais, e pais que são mais activos no cuidar dos filhos, devido a diversas razões. E pais que partilham essa tarefa com as mães, de igual para igual. Por conseguinte, essa tarefa, assim como outras tarefas domésticas, rompeu com o limite de género.

As brincadeiras que ensinamos e promovemos para além de pretenderem ser divertidas e manterem as crianças entretidas, destinam-se também a ensinar; a mimética da brincadeira repercutirá na idade adulta. O que acontece actualmente é um desajuste entre as duas.

Os fabricantes de brinquedos ainda não tomaram essa noção, e por isso continuam a rotular as embalagens dos seus brinquedos com fotos de meninas a segurar "bebés" nos seus braços, e a empurrar o carrinho de passeio. Isto estigmatiza a ideia de brincadeira, e cria limites para os meninos que também querem brincar com "bebés" e passeá-los nos carrinhos. Muitas crianças ficam frustradas porque os pais se negam  a adquiri-los sob pretexto de não serem do seu género; com receio de ouvirem piadas, ou promoverem uma tendência sexual  anti-natura. Assim como nas embalagens de brinquedos de menino, não se costuma ver meninas; há uma separação clara de brinquedos e por isso etiquetamos frequentemente quem não encaixa dentro das fronteiras do género. Uma menina que gosta de jogar à bola ? É Maria-Rapaz.

Obviamente eu não acredito em nada disto. Creio muito mais na liberdade de escolha, no acesso livre a todo o tipo de brinquedos, na promoção de brincadeiras pedagógicas livres de rótulos. Acredito que isso faz as crianças mais felizes e que um dia se tornarão adultos descomplexados e bem resolvidos.

A sociedade necessita de mudar em muitos aspectos, mas neste da brincadeira por géneros, parece-me que é urgente alterar esta noção tão arcaica. Está completamente fora de moda!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A Chuva da Alma Portuguesa


Finalmente a minha alma está a compreender o Fado. Pela voz dos amadores do Factor-X, quem diria?
A descobrir pérolas, como esta do Jorge Fernando, e encantada!


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Receita para o fim-de-semana: Geleia de Marmelo


Depois que comecei a fazer a Marmelada seguindo esta receita, deixei de fazer Geleia, devido à falta de cascas. O que muito lamentava pois cá em casa apreciavamos imenso esta Geleia. Providencialmente, consegui uma receita que utiliza somente os caroços, e a Geleia é de facto óptima!

Geleia de Marmelo

Ingredientes:
 Caroços de marmelos
 Açúcar
Água

Como fazer:
Colocar os caroços numa panela, cobrir com água e deixar cozer. Escorrer muito bem num coador, até não largarem mais água.
Para cada medida de água desta cozedura, junta-se uma igual de açúcar. Deixar ferver cerca de 1h e 15 minutos em fogo médio. Vai parecer ainda bastante liquido mas não importa, pois à medida que arrefecer fica mais espessa. Idealmente espessa.
Encher os frascos, esterilizados em água fervente, fechar e colocá-los ao contrário até arrefecerem.

Para o equivalente de 2 kg de caroços de marmelos, obtive estes cinco frascos.

Uma receita extraordinariamente práctica. Ficou deliciosa!