segunda-feira, 28 de julho de 2014

Para as Calendas Gregas


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Deixei de acreditar que a nossa EB23 entrasse em obras quando esta política de cortes financeiros alastrou pelo país. Porém, quando o próprio presidente da Câmara se desloca à terrinha, e apresenta o projecto da nova escola, com pompa e circunstância, acreditei que fosse possível. Afinal as Câmaras comparticipam com apenas 15%. 

Passados... o quê? Três semanas? Marcha atrás anunciada, e já não há obras. Os alunos que aguentem com a escola pré-fabricada, obra dos anos 80, com a chuva, o calor e o amianto. Mais do que uma questão de conforto, é uma questão de saúde, mas vamos fazer o quê? É a vida.
Ficou adiado para 2016, dizem. Para as calendas gregas, digo eu, que agora acreditarei somente no que os meus olhos virem.

Não bebêssemos nós água com flúor, nem  comêssemos comida já feita, e faríamos honra aos nossos egrégios avôs, que bebiam a água pura da fonte, e para comer caçavam. Estamos moles.

A falta de vergonha na cara, e falta de honra na palavra são das coisas que mais me desgosta nos políticos.
É que não consigo habituar-me, por mais que disso façam hábito.