quarta-feira, 22 de abril de 2015

Orientar as Amizades dos Filhos


Segundo o Dr Mário Cordeiro* os pais não devem escolher os amigos dos filhos, estes não devem ser amigos de todos, nem devem convidar toda a turma para a festa de aniversário. Os amigos imaginários são bons, e os outros não desviam os nossos filhos a não ser que estes queiram. Simples assim. E eu poderia assinar perfeitamente por esta cartilha; aprendi na prática, por vezes errando, tudo aquilo que o pediatra defende, porém tenho algo mais a acrescentar.


Podemos e creio bem, devemos, orientar as amizades dos nossos filhos. Já sabemos que o grupo os influencia, para o bem e para o mal; que fazendo amizade com crianças mal comportadas, o afecto que lhes dedicam os faz ver o mau comportamento com uma certa benevolência, que poderá facilmente descambar para a admiração. Desse estado para a imitação é um passo. 


Então, conversar com os filhos acerca do comportamento correcto na sala de aulas, comentando o que determinado menino fez ou disse, demonstrando o que está certo ou errado, faz parte da educação.  
Admito que pode não ser politicamente correcto mas convenhamos... o contrário será hipocrisia. Ensinei sempre os meus filhos a cumprimentar e tratar todos os colegas com educação e cordialidade, contudo a fazer distinção entre colegas e amigos, sendo que neste último grupo há lugar apenas para crianças com comportamentos e valores idênticos.
Em primeiro lugar vêm os nossos filhos, ou não? Tão importante como os ensinar a agir e comportarem-se correctamente, é ensiná-los a fazer a distinção das companhias que escolhem. Aliás, fazemos isso toda a vida.

*in Maxima nr 313