segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O poder da palavra

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É tão grande que consegue mudar mentalidades, fazer modas e alterar rumos. Senão, veja-se o caso de "cozinheiro"; profissão de segunda, pobremente remunerada e mal-amada. Bastou uma geração reclamar-se como "chef", para se tornar glamorosa, apetecível e muito bem paga.

Tanto que, há quem deixe profissões, classicamente bem conceituadas, para pegar nos tachos, e quem sonhe em fazê-lo desde tenra idade. Os sucessivos concursos televisivos, os programas de "chefs", os artigos nas revistas, são propaganda inflamada que alimenta o gosto. 
De repente, descobrimos que não há quem não goste de cozinhar neste pais; apresentadores, actrizes, comentadores e políticos, todos eles com acentuado gosto culinário. 

A imagem é fundamental, e não sendo obrigatória a beleza ( embora aconselhável!), é absolutamente necessário ser sexy.

E não admirará que resulte de todo este pacote, promovido com tanta  eficiência, em termos hoje, mais chefs do que cozinhas!