segunda-feira, 12 de março de 2018

"Faz o bem e não olhes a quem"

O trabalho de vendedor é muito difícil, sobretudo se os potenciais clientes nem sequer são os primeiros a tomar a iniciativa do contacto. Mais ainda se o vendedor tem de bater à porta das pessoas, presencialmente ou por telefone. Porém, este é o trabalho deles, é um esforço que lhes trará, eventualmente, alguma recompensa monetária, é do que vivem. Agora bater à porta de alguém, como as Testemunhas de Jeová, no seu tempo livre, sem recompensa senão aquela de acreditar que estão a colocar-se ao serviço de Deus, deve ser ainda muito mais difícil, com a agravante de serem recebidos com más caras e de se saberem parodiados. Portanto, sempre que eu tenho algum tempo abro-lhes a porta, e conversamos 5 minutos, sobre um assunto que me interessa realmente, a Religião. Nunca me tentaram converter, pelo menos de forma agressiva ou mais impositiva. Nunca prolongaram os diálogos para além da minha disponibilidade. E deixam-se sempre uma revista, que pode ser lida por qualquer pessoa independentemente de Religiões. 
Esta última tem um artigo particularmente interessante, partindo de - 1 Timóteo 6:10: " O amor ao dinheiro é a raiz de todo o tipo de coisas prejudiciais e alguns por se empenharem por este amor, (...) causaram si mesmos muitos sofrimentos."
Não serei exaustiva a ponto de transcrever todo o texto, contudo deixo os três pontos que sugerem como ajudantes para a felicidade, de forma a ultrapassar a preocupação que leva à falta de sono, a frustração e tristeza, e a decepção: 
"Estar satisfeito com o que tem", "Generosidade" e " Dar mais importância às pessoas do que a coisas". 

Parece-me que nada mais há aqui do que bom senso e sentido prático, partilhado de forma altruísta, para o bem comum. Quando nos oferecem ajuda ( não importa qual a fonte), ainda que seja apenas pela Palavra, é de uma ingratidão aberrante desdenhar quem somente o faz por Bem. E por isso, eu admiro-os. Espanto-me com a perseverança deles, com a indiferença a tanta hostilidade e caricatura, e também por remarem contra uma maré tão adversa, num mundo cada vez mais contrário aos valores que promovem. Gosto deles.